A vice-presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores, Mónica Seidi, considerou hoje que os números de mortalidade excessiva na Região – 5,3% – “exigem, urgentemente, a aplicação de um plano de retoma da atividade assistencial médica”.
A social democrata referia-se, durante um debate de urgência sobre o funcionamento do Serviço Regional de Saúde (SRS), solicitado pelo seu partido, “à ausência de números oficiais referentes ao adiamento sucessivo de atos médicos à conta da atual Pandemia”.
“Trata-se de uma realidade que o executivo teima em esconder”, considerou Mónica Seidi, acusando a Secretária Regional da Saúde de “falta de coragem política para responder aos açorianos, quando se sucedem, em diversas ilhas, exemplos de exames e rastreios com resultados positivos, que não tiveram o devido seguimento”, alertou.
“Os números provam que houve gente que morreu e que precisava de outro tipo de assistência”, pelo que “reafirmamos a nossa preocupação com a ausência de um plano de retoma da atividade assistencial, que o PSD já propôs e que nunca foi aplicado”, disse a deputada.
Mónica Seidi lamentou que a titular da pasta da Saúde “não tenha respondido a nenhuma das questões colocadas, quando em causa estão a vida e a saúde de milhares de açorianos, cujos relatos nos chegam diariamente e que continuam à espera de respostas”, adiantou.
“Para além da Covid-19, não fomos atacados por outros fenómenos que, hipoteticamente, poderiam ser responsáveis pelo aumento de 5.3% na mortalidade excessiva”, recordou.
Mónica Seidi insistiu na referência ao adiamento sucessivo de atos médicos: “Quantas ecografias ficaram por fazer? Quantas consultas foram adiadas? Quantas colonoscopias estão em falta?”, questionou.
A social democrata recordou que, ao longo da presente legislatura, o PSD/Açores “esteve sempre ao lado dos açorianos, ora denunciando e fiscalizando a ação governativa, ora, com sentido de responsabilidade e propositura contribuindo para que o SRS se tornasse ainda mais robusto”.
“Não nos podemos esquecer que, antes da Covid-19, com os mesmos protagonistas políticos a decidir, existiam exatamente os mesmos constrangimentos. E, quem no passado não os conseguiu resolver, certamente também não conseguirá no futuro”, concluiu Mónica Seidi.