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O deputado do PSD/Açores António Vasco Viveiros afirmou hoje que “os sucessivos governos regionais do PS” levaram a SATA “a uma situação financeira desastrosa, que é preocupante dada a enorme importância da companhia para a economia açoriana”.

O social democrata lembrou que “o diagnóstico dos transportes aéreos e marítimos de passageiros e de mercadorias nos Açores foi por demais conhecido nesta legislatura”, com queixas constantes “dos empresários, dos Conselhos de Ilha, dos açorianos pela mobilidade condicionada, bem como dos doentes e seus familiares”, afirmou.

“Mas o expoente máximo da ineficácia foi sem dúvida a SATA, pois a situação da nossa companhia aérea, que merece o carinho e o respeito dos açorianos, é preocupante”, alertou novamente António Vasco Viveiros.

O parlamentar lembrou “o passivo de 465 milhões de euros, com capitais próprios negativos de 230 ME, e resultados negativos, só nesta legislatura e até 2019, de 160 ME”.

E recordou igualmente que, “desde que Vasco Cordeiro é presidente do governo, a SATA teve resultados negativos de 260 ME, o que é motivo de muita apreensão. Cabe a Vasco Cordeiro a responsabilidade dos resultados e das opções políticas, que contam com sucessivos e graves erros”, disse.

Neste contexto, “o governo não conseguiu adiar por mais tempo o que sabíamos há muito ser inevitável, que foi o pedido de autorização a Bruxelas para ajudas de estado”, relata António Vasco Viveiros.

Reforçando que a situação “é anterior à pandemia da Covid-19”, e que, no pedido, é frisado “que a situação insustentável da companhia data, pelo menos, de 2014”.

Nesse âmbito, o deputado lembra “que foi embaraçoso o facto de a Comissão Europeia (CE) ter descoberto aumentos de capital que podem constituir-se como ajudas de estado ilegais, ou seja a CE suspeita que a Região não cumpriu a legislação europeia”.

E diz que “era desnecessário que assim fosse, pois já em agosto de 2017, o PSD/Açores defendeu o reforço do capital do Grupo SATA, alertando para a necessidade de autorização prévia da Comissão Europeia. O governo conhecia o procedimento, confirmou-o publicamente, mas não o teve em conta”, confirma.

“Esta postura do governo, consciente dos riscos, só se justifica por critérios manifestamente eleitoralistas”, lamenta António Vasco Viveiros, que defende “transparência neste processo, e a divulgação imediata do Plano de Reestruturação da SATA, pois os açorianos têm direito à verdade”.

O deputado do PSD/Açores assegurou que o seu partido “continua a acreditar na absoluta necessidade de salvar a SATA, reconhecendo a enorme valia e qualidade dos seus recursos humanos que, apesar das dificuldades e incompetência da sua gestão e da tutela, têm assegurado o funcionamento da companhia”.

“O PSD/Açores utilizará de toda a sua influência nacional e europeia para que se evite o pior cenário equacionado na carta da CE, nomeadamente junto do Grupo Parlamentar do PSD/Europa e junto do PPE, para que a CE tenha em conta os argumentos da Região e que consigamos juntos, salvar a nossa companhia”, acrescentou.

António Vasco Viveiros defendeu “a importância de um trabalho concertado na defesa dos interesses dos Açores”, lamentando que “o governo regional e o PS não sejam assim porque, para nós, os Açores e os açorianos estarão sempre acima dos combates eleitorais”, concluiu.