O deputado do PSD/Açores Bruno Belo acusou hoje o governo regional do PS de ter optado “pela mentalidade da esmola” para se perpetuar no poder, sendo urgente “combater as desigualdades existentes entre os açorianos”, disse.
Falando sobre “as grandes fragilidades e desigualdades no arquipélago”, o social democrata disse que o governo do PS “optou há muito por dar esmolas àqueles que trabalham todos os dias para construir a nossa Região”, lamentou.
Perante isso, “as ilhas caminham em velocidades cada vez mais diferentes, contrariando os princípios da coesão, que o governo tanto apregoa”, referiu.
“Essa coesão regional, do ponto de vista social e do ponto de vista económico, desapareceu nos últimos anos”, disse Bruno Belo.
O social democrata mostrou a sua preocupação pelo facto de Vasco Cordeiro e os governos do PS “não terem definido estratégias para as ilhas mais pequenas que, como se tem visto, padecem de cada vez mais carências e têm cada vez menos gente”.
“O governo regional não perspetivou o futuro das Flores, da Graciosa, de São Jorge ou de Santa Maria. E isso é de uma gravidade extrema”, alertou.
Para o deputado do PSD/Açores, o balanço da governação socialista “não se pode fazer apenas apontando os erros desta última legislatura, mas sim os erros dos últimos 24 anos em que foi o PS a governar a Região”, adiantou.
“Cabe ao PS essa responsabilidade, que me é particularmente cara em relação às Flores, uma ilha cuja realidade está pior ao nível da saúde, por exemplo, o que seria inconcebível há uns anos atrás”, disse também Bruno Belo.
O parlamentar concluiu aludindo “às dificuldades que quase todas as ilhas sentem na fixação de pessoas. Ilhas onde os jovens dificilmente encontram possibilidades para fazer o seu futuro, num flagelo que dura há muito e que ficará para as próximas gerações”.