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Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial dizem que o Governo Regional dos Açores “não pode culpabilizar os pais pela falta de computadores verificada no ensino à distância, recusando as suas próprias responsabilidades no processo”, adiantam.

Carlos Ferreira e Luís Garcia discordam do teor da resposta da tutela a um seu requerimento, considerando que o governo “deve assumir a responsabilidade do que correu mal e, acima de tudo, deve trabalhar nas medidas necessárias para que tal não se repita no próximo ano letivo”, referem.

Os social democratas lembram a sua intervenção, “após várias reclamações de pais e encarregados de educação pela falta de equipamentos registada no terceiro período do ano letivo. Denunciámos as dificuldades de dezenas de crianças e das suas famílias no acesso ao ensino à distância”, afirmam.

“Depois da Secretaria Regional da Educação e Cultura (SREC) anunciar o empréstimo de 1920 computadores, muitos encarregados de educação ainda não tinham respondido e muitos alunos solicitaram o respetivo empréstimo. No caso, o governo procura esconder as falhas verificadas e dá a entender que a culpa foi dos pais”, criticam Carlos Ferreira e Luís Garcia.

“O problema assentou no teor da pergunta que a SREC colocou aos pais e às escolas, pelo que o governo não pode empurrar para terceiros as suas próprias responsabilidades”, consideram.

Os deputados do PSD/Açores querem saber se o governo “deu orientações às escolas para perguntarem aos pais e encarregados de educação se os seus educandos dispunham de equipamentos com ligação à internet, o que inclui computadores, tablets e telemóveis, ou unicamente focaram a disponibilidade de computador com ligação à internet”, explicam.

E reforçam que o ensino à distância “proporcionou aos alunos a continuidade dos hábitos de estudo e aprendizagem em contexto da pandemia”, mas, perante as dificuldades transmitidas por muitos pais, Carlos Ferreira e Luís Garcia exigiram ao governo “que tomasse as medidas necessárias para garantir o acesso de todos os alunos ao ensino”, recordam.

“O problema foi relevante, e continua a sê-lo, face à incerteza quanto à evolução do contexto excecional que atravessamos e às potenciais consequências na modalidade de ensino em períodos do próximo ano letivo”, afirmam os social democratas.

“O governo deve garantir que todos os alunos tenham condições de acesso ao ensino – também à distância -, para não se aprofundar ainda mais a desigualdade no acesso à educação”, alertam.

Carlos Ferreira e Luís Garcia exigem ao governo “a garantia dos meios necessários para que todos os alunos tenham as mesmas condições de acesso ao ensino à distância, caso tal se mostre necessário no início do próximo ano letivo”, concluem.