Skip to main content

O deputado do PSD/Açores Carlos Ferreira pediu hoje esclarecimentos à tutela sobre o encerramento da Comissão da Dissuasão da Toxicodependência (CDT) Oriental, que fechou por falta de pessoal administrativo e técnicos.

“Trata-se da entidade responsável pelo acompanhamento de consumidores de estupefacientes identificados em operações de fiscalização da PSP”, explica o social democrata, frisando que o seu encerramento “foi confirmado pela Diretora Regional da Prevenção e Combate às Dependências”.

Segundo Carlos Ferreira, “a CDT sedeada em Ponta Delgada abrange as populações de São Miguel e de Santa Maria, lamentando-se que essa falta de técnicos e administrativos impeça o atual acompanhamento dos cerca de 400 processos que anualmente são seguidos”, avança.

Para o deputado do PSD/Açores, as CDTs “desempenham um papel crucial, que motivou mesmo uma proposta nossa para a criação daquela valência em todas as ilhas do arquipélago”, disse.

O encerramento da CDT de Ponta Delgada, “por um período previsível de dois meses, constitui um retrocesso e uma grave anomalia na abordagem ao fenómeno das dependências”, alerta Carlos Ferreira.

“Uma situação que é ainda mais grave porquanto, no âmbito da discussão da nossa proposta de decreto legislativo regional, o governo afirmou que, ao invés de criar CDTs em todas as ilhas, como propôs o PSD, iria reforçar os meios e as condições de trabalho das três Comissões existentes”, acrescenta.

“Assim, cabe ao governo explicar porque é que não efetuou esse reforço, deixando até cair a maior CDT dos Açores, que não tem condições para funcionar”, afirmou Carlos Ferreira.

Reforçando que se tratou “de uma incapacidade da tutela em prevenir aquele encerramento”, o deputado quer saber “quantos indiciados por problemas de dependência ficarão sem acompanhamento da CDT durante o seu período de encerramento, que medidas vai o governo tomar para repor o funcionamento urgente da mesma e quando isso poderá acontecer”, concluiu.