O deputado do PSD/Açores Joaquim Machado considerou hoje que o Governo Regional está a colocar “em risco” a realização de diversos eventos desportivos nos Açores, “entre os quais o Azores Rallye, que é a competição com maior projeção no país e além-fronteiras”, afirmou.
O social democrata refere que, depois do primeiro impacto da Covid-19 no desporto, com o adiamento das competições e até nalguns casos com o seu cancelamento, “a possibilidade de se realizar o Azores Rallye ainda esta temporada é uma conquista do Grupo Desportivo Comercial, que deve mobilizar toda a Região, que ficará naturalmente a ganhar com a sua efetivação”, afirmou.
Segundo Joaquim Machado, “ao aceitar a realização daquela prova do Campeonato da Europa, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) reconheceu, mesmo nas atuais circunstâncias sanitárias, a capacidade do clube organizador bem como as condições que os Açores têm para acolher o evento”.
Assim, “não se percebe por que razão o Governo Regional, através do Diretor Regional da Saúde (DRS), vem dificultando o processo de autorização da prova automobilística em questão”, diz o parlamentar.
“Isso tem acontecido com burocracias desnecessárias, posições contraditórias e hesitantes, até mesmo com laivos de prepotência, quando a tutela devia ser parte da solução e não o maior obstáculo à realização do Azores Rallye no próximo mês de setembro”, critica Joaquim Machado.
Para o deputado social democrata, “nada disto faz sentido, também numa perspetiva económica porque, no atual quadro de profundas dificuldades sentidas pelo setor do turismo, a realização de um evento internacional que é seguido por milhões de espetadores televisivos, promove o destino Açores e gera consideráveis receitas aos operadores turísticos micaelenses e em geral a toda a economia da ilha”, acrescenta.
O deputado diz mesmo que “faz toda a diferença saber se aquela competição se vai ou não realizar, sendo devida uma decisão rápida, clara e favorável do Governo Regional aos organizadores, salvaguardando naturalmente a segurança sanitária no evento”.
“Há tarefas essenciais que os mesmos têm de desenvolver com os organismos desportivos internacionais e os seus parceiros, que não se compadecem com a indecisão em vigor”, concluiu.