O próximo governo dos Açores “não pode continuar a ignorar as potencialidades da Ilha Terceira, não valorizando e potenciando a sua centralidade geográfica no contexto regional, o seu peso económico e o contributo que essa centralidade pode e deve dar ao desenvolvimento dos Açores”, considera a comissão política local do PSD.
O vice-presidente da estrutura, Rui Espínola avança que “é necessária uma mudança de estratégia na governação dos Açores, que assente na potenciação de todas as ilhas e no contributo de cada para o todo regional”, defende.
Para o social democrata, “os terceirenses não aceitam que, depois de anunciados, os investimentos estruturantes para a ilha sejam constantemente adiados ou executados no prazo de uma década, acarretando com isso tempo perdido na dinamização e potenciação económica local”.
E dá como exemplo “o porto da Praia da Vitória, com vários investimentos anunciados e nunca concretizados, assim como a rampa ro-ro do Porto das Pipas, obra que há muito já deveria estar realizada, pela importância que assume nas ligações marítimas com o Grupo Central”, adianta.
“Os terceirenses não entendem que a Terceira, nomeadamente o Porto da Praia da Vitória, não seja a plataforma giratória do transporte de carga marítima para os grupos Central e Ocidental. Há condições físicas, humanas e técnicas para tal, e isso iria agilizar a carga marítima no arquipélago, pelo que só falta a vontade política”, diz Rui Espínola.
No que toca aos transportes aéreos, “vai também perdendo a sua posição de plataforma giratória de passageiros para os grupos Central e Ocidental, bem como para o exterior da Região. A gestão socialista esvazia cada vez mais a capacidade e as potencialidades da Aerogare Civil das Lajes, ignorando a sua centralidade e o contributo que poderia significar para reduzir as tarifas das passagens aéreas interilhas”, considera.
Rui Espínola refere que, “igualmente na administração pública a Terceira vai cada vez mais perdendo poder, sendo enfraquecida à conta da estratégia do PS, que tem esvaziado as capacidades da ilha no contexto regional”, afirma o social democrata.
O vice-presidente do PSD/Terceira aponta ainda “a necessidade de se rever a orgânica da Segurança Social açoriana, que precisa de maior autonomização e mais aproximação dos beneficiários e contribuintes, melhorando com isso o funcionamento dos seus serviços”.
Carências “que também acontecem em outras áreas dos serviços públicos, como no caso da saúde, com a ausência de investimentos, onde se destaca a falta do serviço de Radioterapia do Hospital da ilha Terceira, apesar de existirem condições físicas e técnicas para tal”, conclui.