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O presidente do PSD/Açores defendeu que as empresas privadas, que geram grande parte do emprego na Região, devem ter acesso a mais fundos europeus, alegando “não ser razoável” que as entidades públicas absorvam cerca de 70% das verbas do atual quadro comunitário.

“É lamentável que apenas 23% dos fundos tenham sido aplicados nas empresas privadas e 7% nas entidades de caráter social. Todo o restante é absorvido pelas administrações públicas. Isso não é razoável. É preciso apostar na reorientação dos fundos comunitários para a economia privada”, afirmou José Manuel Bolieiro, no encerramento da nona edição do Congresso da Sociedade, dedicada à ilha de São Miguel.

O líder social-democrata salientou que é necessário “reconfigurar” a forma como atualmente se distribuem na Região os fundos da União Europeia, atribuindo às empresas e entidades de caráter social “percentagens muito superiores” às atuais.

“É precisa uma nova estratégia, reorientando mais fundos comunitários para o que gera desenvolvimento. E é a economia privada que gera grande parte do desenvolvimento e do emprego”, considerou.

José Manuel Bolieiro, enquanto candidato a Presidente do Governo Regional, acrescentou que outro dos seus compromissos é proceder a uma “redução fiscal significativa”, alegando que “mais vale desonerar o contribuinte do que subsidiá-lo”.

“É preciso garantir ao contribuinte, que trabalha para criar riqueza, que não continue a ser massacrado com uma elevada carga de impostos”, sublinhou.

O presidente do PSD/Açores propôs, por isso, a redução da taxa normal do IVA de 18% para 16% no arquipélago, “indo ao limite do que permite a Lei de Finanças das Regiões Autónomas”.

No encerramento de mais uma sessão do Congresso da Sociedade, o líder social-democrata agradeceu as reflexões dos oradores convidados, tendo elogiado o “brilhantismo e pensamento crítico” das suas intervenções.

A sessão teve como oradores Patrícia Santos, médica dermatologista, Luís Filipe Silveira, antigo administrador da SATA, Pilar Veríssimo Mota, coordenadora do Centro de Desenvolvimento Infantojuvenil dos Açores, e João Freitas, professor de ensino especial.

A moderação do evento ficou a cargo do jornalista Souto Gonçalves, da rádio Antena 9.

A próxima e última sessão do Congresso da Sociedade será dedicada à diáspora açoriana, com representantes das comunidades açorianas radicadas em diferentes partes do mundo.