O presidente do PSD/Açores afirmou que imagem do arquipélago enquanto destino turístico sofreu “danos reputacionais” com as “contradições” do Governo Regional, a propósito da realização prévia de testes à COVID-19 aos passageiros que viajam do continente para a Região.
“O PSD desde a primeira hora propôs que os testes pudessem ser feitos, de forma facilitada e gratuita, na origem, salvaguardando a saúde pública e motivando a procura da Região enquanto lugar a visitar. Lamento as contradições na comunicação do Governo Regional sobre esta matéria, pois foram geradoras de atraso e causaram alguns danos reputacionais aos Açores enquanto destino turístico”, afirmou José Manuel Bolieiro, em declarações aos jornalistas.
O líder do social-democrata salientou que a recusa inicial do Governo Regional em garantir que os passageiros vindos do continente fossem testados à COVID-19 na origem, com os custos a serem assumidos pela Região, “provocou prejuízos” no setor do Turismo.
“Os agentes turísticos denunciaram que esta situação gerou cancelamentos de reservas, o que provocou prejuízos ao setor”, disse.
José Manuel Bolieiro referiu que, “felizmente”, a Secretária Regional da Saúde acabou por vir “desmentir o Presidente do Governo”, acabando o executivo por recuar e aceitar implementar a proposta do PSD/Açores.
“Dias antes, o senhor Presidente do Governo Regional tinha, em resposta a uma pergunta direta, dito que não [iria implementar a medida]. Isto é demonstrativo de uma incoerência estratégica”, considerou.
O presidente do PSD/Açores apelou ainda ao Governo Regional para que implemente agora, com “competência e eficiência”, a realização prévia de testes à COVID-19 aos passageiros que viajam do continente para a Região.
O líder do social-democrata aproveitou também a ocasião para referir que ainda não recebeu qualquer comunicação do Governo Regional relativa ao balanço do Roteiro da ‘Critérios para uma saída segura da pandemia COVID-19’.
“Existia o compromisso do Governo de fazer um balanço mensal do período de desconfinamento. Continuamos a aguardar uma comunicação sobre a gradualidade do desconfinamento, com vista à promoção das atividades económicas, sem nunca esquecer a componente epidemiológica”, concluiu.