A deputada do PSD/Açores Mónica Seidi questionou o Governo Regional sobre os critérios para a distribuição de máscaras sociais, nomeadamente o atraso da sua entrega em São Miguel, a ilha que registou a maioria dos casos de infeção por COVID-19 na Região.
“Por que motivo, tendo começado a distribuição de máscaras comunitárias no concelho do Nordeste, que ainda mantém o cerco sanitário, não se estendeu de forma sucessiva pelos restantes concelhos de São Miguel, a ilha que registou maior número de cadeias de transmissão ativas, e consequentemente maior número de casos positivos?”, questionou a social-democrata.
Em requerimento enviado à Assembleia Legislativa dos Açores, a parlamentar solicitou ao Governo Regional que explique “o que motivou o atraso na distribuição de máscaras comunitárias, entendido o intervalo decorrente entre o seu anúncio – 16 de abril – e a sua extensão generalizada à ilha de São Miguel, anunciada para 16 de maio”.
Mónica Seidi recordou que a distribuição máscaras sociais se iniciou pelas ilhas de Santa Maria, Flores e Corvo, “que não tiveram até ao momento registo de casos positivos de COVID 19, seguindo-se a ilha de São Jorge que tem atualmente um caso positivo ativo e contabilizou sete no total”.
Nesse sentido, a deputada do PSD/Açores pretende que o Governo Regional revele “a que critérios obedeceu a distribuição das máscaras de uso social pelas diferentes ilhas” do arquipélago.
A parlamentar social-democrata questionou ainda se o executivo efetuou “alguma diligência no sentido da produção descentralizada de máscaras sociais por outras ilhas dos Açores, que não apenas São Miguel”.
Mónica Seidi lembrou que a utilização da máscara social “só será eficaz se existir uma cobertura da esmagadora maioria da população dos Açores, no pressuposto de uma proteção recíproca entre cidadãos”.
Recorde-se que, a 9 de abril, o presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, defendeu publicamente a “aquisição em massa” de máscaras para distribuir pela população.