O parlamento açoriano aprovou hoje uma iniciativa do PSD para a elaboração urgente de um Plano Global de retoma progressiva da atividade económica na Região, “desde que esteja garantido que os riscos de surtos da Covid-9 estão minimizados, nomeadamente em grupos de risco e unidades de saúde”, avançou o deputado António Vasco Viveiros.
Segundo o social democrata, a discussão da iniciativa deu a todos os partidos a oportunidade “de contribuírem para a elaboração desse Plano, que é essencial para a saída da crise, ou pelo menos para a sua minimização, enquanto as suas causas persistirem pela ausência de vacina ou tratamento adequado pela a Covid-19”, disse.
“A proposta do PSD contém um conjunto de princípios e requisitos essenciais para o referido Plano, designadamente os pressupostos, definidos pela Organização Mundial da Saúde, para que a retoma económica não comprometa a necessidade de assegurar a saúde pública dos açorianos”, sublinhou o parlamentar.
Mas António Vasco Viveiros alertou para o facto “de os Açores partirem de uma situação desfavorável, onde demasiadas pessoas se encontravam já em risco de pobreza ou exclusão social”.
“Há uma franja da população bastante vulnerável aos cortes no rendimento familiar, às situações de desemprego, ou às consequências da crise económica que se seguirá, incontornavelmente, à crise pandémica”, destacou o deputado do PSD/Açores.
Assim, a iniciativa social democrata visa “desenvolver todos os esforços para minimizar o sofrimento dos açorianos. Isso é essencial, bem como garantir os apoios às empresas com responsabilidade, permitindo a sua manutenção no mercado, garantindo os postos de trabalho e incentivando os empresários neste enorme desafio”, referiu.
António Vasco Viveiros acentuou que “é preciso avaliar permanentemente o impacto das medidas económicas de apoio, sobretudo confrontando os seus objetivos com os seus resultados, pois há medidas já concretizadas que necessitam com urgência dessa avaliação, como as anunciadas pelo Governo de “Antecipação da Liquidez” e do “Complemento regional ao Lay off”, reforçou.
“Com os dados disponíveis, a injeção de liquidez que vai resultar destas medidas será muito inferior aos 45 milhões de euros anunciados. Ou seja, sem avaliação não se reconhecem os insucessos e, sobretudo, não se introduzem melhorias”, considerou.
Como tal, “o conjunto de medidas aprovadas e implementadas, devem ser, nesta fase, articuladas entre si. Devem ser simplificadas e devem estar verdadeiramente ao alcance da realidade das empresas açorianas, assentes numa mensagem pública realista e transparente”, conclui.