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Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Pico defendem que o Governo Regional deve intervir junto dos operadores licenciados para que seja reposto o fornecimento regular de areia para a construção civil na ilha, acusando o executivo de “pouca atenção” sobre o assunto.

Marco Costa e Jorge Jorge dizem que, “tal como tem acontecido noutras ilhas, a referida carência mostra que o governo dos Açores não tem dado a atenção esperada a muitas empresas e empresários, mas também aos seus supostos princípios políticos orientadores”, referem.

E recordam que o Plano do Governo 2020 “refere a necessidade da utilização de materiais endógenos regionais, como forma de aumentar a estabilidade, a qualidade e a competitividade global do setor da construção civil e obras públicas”, adiantam.

“O que o governo socialista inscreve consecutivamente nos documentos mostra um grande distanciamento com a realidade. É bem diferente, e está bem longe de promover a criação de valor e sustentabilidade da fileira da construção civil, como também está escrito”, acrescentam, sublinhando que o Governo “devia acionar as empresas publicas regionais para solucionar o abastecimento de areia à ilha do Pico”, dizem.

Segundo os social democratas, “a utilização de materiais endógenos regionais, reforçada pela Plataforma de Indústria Criativa dos Açores, visa ainda o envolvimento da comunidade técnica e criativa no desenvolvimento de novos produtos a partir desses mesmos materiais endógenos”, explicam.

“Na prática, este prolongado episódio provoca um aumento do custo da construção, com ruturas no setor, abrindo caminho a uma tentação na importação de inertes. Isso leva a alterações de rotinas e métodos, que podem não ter retorno, aumentando ainda a nossa dependência do exterior”, criticam Marco Costa e Jorge Jorge.

Para os social democratas, “o Governo devia ter recolhido informação, junto dos operadores detentores de produções de inertes, de modo a aferir a evolução dos custos de mercado”, uma vez que “já há empresas em suspensão de funcionamento por falta de areia na ilha do Pico”, reforçam.

“Em tempo de pandemia esta seria a última atitude a existir por parte do Governo, não prestando atenção às poucas atividades, que no setor privado, mesmo em tempo de contingência, continuam a lutar para funcionar todos os dias, como é o caso da construção civil”, concluem.