A Comissão Política de Ilha do PSD/Faial defendeu hoje a necessidade urgente “de medidas de compensação direta da redução da faturação para ajudar as empresas locais a ultrapassar a crise decorrente da pandemia da Covid-19”, acrescentando que a mera facilitação do acesso ao crédito bancário, “sendo uma medida positiva, não é suficiente para fazer face às dificuldades deste momento excecional”.
Os social democratas faialenses entendem que aquele apoio deve ser acompanhado da desburocratização de procedimentos, de modo a que as pequenas empresas, que têm parcos recursos administrativos, se possam candidatar.
A posição, publicada em comunicado, alerta para o facto de o tecido empresarial da ilha e da Região ser composto, na sua maioria, “por pequenas empresas e empresários em nome individual, muitos deles com pequenos negócios com dois ou três trabalhadores, mas que no seu conjunto dão emprego a centenas ou milhares de pessoas e asseguram a subsistência de centenas de famílias”, explica o presidente da CPI, Carlos Ferreira.
“A dimensão do mercado, o peso direto e indireto da sazonalidade na maioria dos setores e os elevados custos de contexto, constituem desafios permanentes para os nossos empresários, que com grande esforço e determinação conseguem levar em frente os seus negócios”, afirma aquele responsável, lembrando que “algumas empresas ainda recuperavam dos efeitos da crise financeira que motivou a intervenção da Troika, entre 2011 e 2014, quando foram afetadas pelos efeitos do furacão Lorenzo. E são agora confrontadas com uma pandemia, que terá consequências imprevisíveis na economia, sendo necessário tomar medidas corajosas para as resgatar de uma possível insolvência e salvaguardar os postos de trabalho que as mesmas asseguram”.
A Comissão Política de Ilha considera que os programas implementados até ao momento, nomeadamente a “Antecipação da Liquidez”, “Complemento do Layoff”, “Manutenção do Emprego” e o reforço da linha de crédito nacional no valor de 150 milhões de euros para empresas açorianas, ontem anunciado, são claramente insuficientes para impedir a falência das micro e pequenas empresas das nossas ilhas e a perda de milhares de postos de trabalho.
Assim, lê-se no comunicado, “perante a tremenda quebra de faturação das pequenas e médias empresas, é necessário que a Região apoie diretamente o tecido empresarial que comprove quebras de faturação relevantes, à semelhança dos apoios aprovados – e bem – para variadas instituições”.
“O PSD/Faial considera estruturante a medida proposta pelo PSD/Açores, orçamentada em 120 milhões de euros, para a comparticipação de 25% da diminuição da faturação das empresas dos Açores com quebra de rendimento superior a 40% face ao mês homólogo do ano 2019, na modalidade de apoio não reembolsável se as empresas apoiadas mantiverem todos os postos de trabalho até ao final do ano”, concretiza aquele órgão.
Os social democratas faialenses entendem que “esta medida, associada à proposta também apresentada de desburocratização das candidaturas, pode ajudar a salvar da insolvência muitas das nossas empresas nas áreas do alojamento, restauração, aluguer de viaturas, turismo de natureza e muitas outras que dinamizam a economia do Faial e garantem emprego a uma parte importante da nossa população ativa”.