O deputado do PSD/Açores, Jorge Jorge, alertou o governo regional para as necessidade de apoio aos estudantes açorianos que estão em Portugal Continental, ou noutras partes do mundo, “no âmbito das contingências decorrentes da pandemia global do Covid-19”, avançou.
Num requerimento enviado à ALRAA, o parlamentar pretende saber se há um levantamento “que permita saber quantos são e onde estão, bem como que tipo de apoio tem sido dado a estes estudantes açorianos pelo Governo Regional, quer diretamente, quer através de outras entidades”, refere.
Segundo o social democrata, “há um grupo de alunos dos Açores que estuda no continente português, maioritariamente no ensino superior, e que acatou as recomendações do Presidente do Governo Regional, – quando, no dia 11 de março, desincentivou as viagens de e para os Açores – permanecendo assim no continente para protegerem as suas famílias e comunidades”, explicou Jorge Jorge.
“Esses estudantes entenderam ficar nas residências que ocupam em período letivo, até porque na altura ainda não se alvitrava uma duração tão longa das medidas restritivas à circulação de pessoas de e para a região, nem tão pouco a duração e os contornos do combate ao COVID-19”, acrescenta o deputado.
“Uma vez que o Governo Regional está empenhado em resolver a situação aflitiva de jovens estudantes açorianos inseridos em programas Erasmus em algumas partes do mundo, é preciso saber o que fará relativamente a este outro grupo de alunos”, defende.
“Falamos de estudantes dos Açores que se encontram espalhados pelo país, longe das famílias, a enfrentar esta situação extraordinária de pandemia global”, reforçou.
Jorge Jorge quer saber se, “caso esses estudantes regressem aos Açores, cumprindo as normas decretadas pela Autoridade de Saúde Regional, o governo regional assegura a ligação destes de São Miguel ou Terceira às suas ilhas de residência”.
“O mesmo se passa com os alunos da Universidade dos Açores, quer estejam em São Miguel ou na Terceira, relativamente a voltarem às ilhas de origem”, sublinha o social democrata, que lembra ainda “eventuais dificuldades económicas que alguns dos agregados familiares destes estudantes poderão ter, nomeadamente a perda de rendimentos, e que devem ser tidos em conta”.
“É necessário encontrar soluções para esta situação, atendendo-se às condições emocionais, psicológicas e financeiras destes jovens e das respetivas famílias”, concluiu.