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A deputada do PSD/Açores Mónica Seidi considerou urgente que a Região ceda alojamento de emergência aos profissionais de saúde que combatem a pandemia da COVID-19, devendo tal ser feito através da reserva de unidades hoteleiras.

“À semelhança do que já acontece com o confinamento obrigatório dos passageiros que chegam ao arquipélago, o PSD considera urgente que o Governo Regional reserve unidades hoteleiras que sirvam para alojar os profissionais de saúde dos nossos hospitais que assim o necessitem”, afirmou a social-democrata, reafirmando a proposta feita recentemente pelo presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro.

A parlamentar, que falava na Comissão de Assuntos Sociais durante uma audição à Secretária Regional da Saúde e ao Diretor Regional da Saúde sobre o combate à pandemia da COVID-19, salientou que a necessidade de alojamento de emergência para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde “é uma questão de saúde pública”.

Segundo Mónica Seidi, “os profissionais de saúde que combatem a pandemia da COVID-19 são merecedores de todo o apoio, nomeadamente aqueles que têm de deixar os familiares em casa para cuidar dos açorianos”.

“Esta é a maneira apropriada de preservar a saúde das suas famílias, evitando o risco de contágio. O PSD considera mais seguro reservar unidades hoteleiras para este fim. Ceder, por exemplo, apartamentos para o alojamento destes profissionais de saúde em imóveis em que vivem outras pessoas não é adequado”, disse.

A deputada do PSD/Açores propôs também que o Governo Regional “proceda ao levantamento do número de médicos não intensivistas, mas com vocação ou formação para trabalhar em Medicina Intensiva, que se encontram em funções no arquipélago”.

“Tratar um doente crítico não é o mesmo que tratar um doente com COVID-19. Importa saber se nos Açores há profissionais de saúde dispostos a colaborar com os médicos intensivistas e que tenham, no decurso da sua formação específica, realizado estágios em unidades de cuidados intensivos”, considerou.

“Os doentes com COVID-19 requerem especificidades que não veem nos algoritmos do Suporte Avançado de Vida, nomeadamente ao nível da estratégia ventilatória a adotar para conectar o doente ao ventilador”, explicou.

De acordo com Mónica Seidi, “além dos intensivistas, também médicos internistas, anestesiologistas ou pneumologistas podem ajudar no combate à pandemia da COVID-19, dado que tiveram experiência de cuidados intensivos no decurso da sua formação complementar”.

“A especificidade em tratar estes doentes obriga-nos a ter profissionais de saúde treinados para este fim. É necessário identificar, desde já, médicos não intensivistas, mas com apetência para trabalhar nesta área, para que possam ajudar, nomeadamente ao nível do manuseamento de ventiladores”, concluiu.