O deputado do PSD/Açores Carlos Ferreira apelou ao Governo Regional para que pague os montantes em dívida às corporações de bombeiros, alegando que estes também estão na “linha da frente” do combate à pandemia da COVID-19 e devem ser reconhecidos pelo seu trabalho.
“As corporações de bombeiros estão com dificuldade em cumprir com os seus compromissos já este mês. As associações humanitárias tiveram uma quebra significativa de receitas motivada pela tremenda redução dos serviços de transporte de doentes. Registou-se também uma perda de receitas devido à redução substancial dos serviços prestados nos aeroportos, resultante da suspensão dos voos comerciais em sete ilhas e diminuição significativa em São Miguel e Terceira”, afirmou.
O social-democrata, que falava na Comissão de Política Geral numa audição à Secretária Regional da Saúde, referiu que os valores em dívida a todas as corporações do arquipélago “ascendem a centenas de milhares de euros”, tendo questionado a governante sobre o montante global devido pelo Governo a todas as corporações do arquipélago.
“O Governo Regional deve pagar de imediato a dívida às corporações de bombeiros que já existia antes da atual crise pandémica, nomeadamente pelos serviços já prestados no transporte não urgente de doentes”, considerou.
Carlos Ferreira lembrou que os serviços prestados nos aeroportos e de transporte de doentes “constituíam uma importante fonte de receita” das associações de bombeiros, que agora foi substancialmente reduzida.
“Além desta quebra de receitas e da dívida do Governo Regional, que é comum a todas à generalidade das associações de bombeiros, persiste ainda o problema da dívida da SATA às corporações de Velas, Madalena e Graciosa, pelo serviço prestado nos aeródromos regionais”, lembrou.
O deputado do PSD/Açores assinalou igualmente que as medidas de apoio anunciadas até agora pelo Governo Regional “não contemplam as corporações de bombeiros”
“Além do pagamento dos valores em dívida pelo Governo Regional, o PSD defende que se encontrem medidas de apoio às associações humanitárias de bombeiros, à semelhança de algumas já criadas para as empresas, no sentido de proteger os rendimentos dos bombeiros e das suas famílias”, disse.
Carlos Ferreira dirigiu ainda uma palavra de agradecimento a todos os agentes de Proteção Civil nos Açores, “de forma muito especial a todos os bombeiros, que estão também na linha da frente da intervenção para fazer face à pandemia da COVID-19”.