A comissão política concelhia do PSD de Angra do Heroísmo defendeu hoje a adoção de medidas concretas, por parte da Câmara Municipal, tendo em vista os impactos decorrentes da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), “nomeadamente um plano de recuperação económica para as empresas e para as famílias”, avançaram.
Para João Ormonde, que preside à estrutura social democrata, “a Câmara de Angra do Heroísmo, contrariamente a outras, não apresentou ainda medidas concretas de mitigação dos impactos sociais, naquela que é a sua esfera de competência”, refere.
“Pensamos que a autarquia deve preparar, com urgência e aplicação imediata, um pacote de medidas de apoio às famílias e empresas, desde logo com incidência nos serviços prestados pela própria edilidade aos seus munícipes, como sejam redução ou isenção do pagamento de taxas, serviços, rendas sociais, etc.”, defende.
“Desse pacote devem constar apoios diretos e protocolados, especialmente para as empresas de menor dimensão, pois são as mais suscetíveis aos impactos adversos desta situação”, alerta.
“Mas muito mais do que isso, a câmara municipal de Angra deve, canalizar meios e conjugar esforços com as Juntas de Freguesia, a Câmara de Comércio, o Governo Regional e demais organizações sociais, para a elaboração de um verdadeiro plano de recuperação económica do concelho, em conformidade com uma rigorosa avaliação a ser efetuada depois de ultrapassada esta crise”.
“Deve ser um plano concreto e devidamente articulado, que preveja investimentos públicos, incentivos ao empreendedorismo, às empresas, ao comércio, com vista à efetiva revitalização do tecido económico e social do concelho”, propõe o líder da concelhia angrense do PSD.
Estando o PSD/Açores solidário “com a generalidade das medidas decretadas pelas autoridades de saúde, governo regional e órgãos autárquicos na vertente sanitária e de controlo da propagação da doença, temos, no entanto, muitas dúvidas relativamente a outras medidas de caráter social e de apoio às populações”, declarou.
Face aos cancelamentos e adiamentos das mais variadas atividades municipais, “e não obstante os muitos prejuízos que isso vai implicar para as populações, haverá poupança de meios financeiros para as autarquias. Esses meios extra terão de ser convertidos em medidas que possam ressarcir e apoiar as suas populações, como é o caso do plano de recuperação económica que defendemos”, afirma o social democrata.
Para João Ormonde, “o esforço das entidades públicas tem de estar ao nível da gravidade da situação, e sempre ao serviço das populações”, conclui.