RUP. Paulo Moniz defende estratégia e coesão no reforço financeiro do Quadro Plurianual (2021-27)

O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República e Vice-Presidente da Comissão de Assuntos Europeus, Paulo Moniz, defendeu ontem, em Bruxelas, “um reforço do próximo Quadro Financeiro Plurianual (2021-27) da União Europeia (UE), que assegure as políticas de coesão e de co-financiamento tanto do país, como das regiões ultraperiféricas (RUP)”.

Intervindo nos trabalhos da European Parliamentary Week 2020, o social democrata defendeu a importância de, “antes de definirmos os orçamentos e a sua divisão, definirmos as estratégias”, porque “uma Europa que é feita de coesão, não pode pôr em risco essa coesão”, considerou.

Paulo Moniz alertou, com preocupação e no caso das regiões ultraperiféricas (RUP), “para o risco de haver uma tentativa de as excluir daquilo que é o fundo de transição justa, o que não nos parece correto”, disse.

O deputado do PSD referiu que “o incremento ao nível do co-financiamento que é exigido, ou se quisermos, a baixa desse co-financiamento, vem colocar, às RUP que já têm um desafio muito grande de acompanharem a convergência e de se aproximarem da Europa, uma situação que as coloca verdadeiramente ainda mais periféricas”.

Paulo Moniz mencionou igualmente o que considera ser “um aspeto central”, e que se prende com a necessidade “de um apoio forte naquilo que é o desenvolvimento de investigação e o desenvolvimento tecnológico”.

“Porque é fundamental que as pequenas e médias empresas (PME) possam liderar aqueles que são os desafios do “greendeal”, da transição digital, e poderem surgir no espaço europeu verdadeiros unicórnios que vêm trazer a pujança que se pretende do mercado com origem na Europa”, afirmou o parlamentar açoriano.

“Custa ver que estas opções estratégicas possam vir a ser feitas à custa de cortes em matérias e áreas que estão consolidadas, como por exemplo a Política Agrícola Comum, as Pescas e/ou a Coesão”, sublinhou.

Paulo Moniz defende que a Europa “tem de encontrar a quadratura do círculo, tem de ter a capacidade de encontrar novos financiamentos, não pondo em risco o que está bem feito e o que está consolidado”.

“Não deixando nunca de ter a ambição de liderar num mundo que começou e que se revê nessa mesma Europa”, concluiu.