O deputado do PSD/Açores António Vasco Viveiros afirmou que a SATA não pode ter um presidente do conselho de administração em “part-time”, alegando que a “situação de emergência” em que se encontra a companhia aérea exige uma “dedicação a tempo inteiro”.
“Durante a audição do indigitado presidente do Grupo SATA, questionado se passaria a residir nos Açores, foi com absoluta surpresa que ficamos a saber que até ao verão o dr. Luís Rodrigues tem compromissos académicos que o impedem de residir nos Açores dedicar-se em pleno à gestão da companhia aérea. Ou seja, a SATA vai ter um presidente em part-time nos próximos meses”, afirmou o social-democrata, após uma audição do novo administrador na Comissão de Economia.
Para o parlamentar, “é inaceitável que, perante a situação de emergência em que se encontra a SATA, o novo titular tenha simultaneamente outros compromissos profissionais, que impedem a sua dedicação a tempo inteiro na solução dos graves problemas da empresa”.
“No Orçamento da Região para 2020 está prevista a possibilidade de fixação de um salário muito superior para o presidente da SATA em comparação com os restantes gestores públicos. Não é aceitável que, com um vencimento muito acima da média das empresas públicas regionais, o presidente da SATA acumule o cargo em simultâneo com outras funções que nada têm a ver com a companhia aérea”, frisou.
António Vasco Viveiros manifestou ainda preocupação com a “absoluta ausência de respostas” da parte de Luís Rodrigues à generalidade das questões colocadas, “resguardando-se no desconhecimento da situação da empresa”.
“Durante a audição constatou-se que nem o Governo Regional transmitiu orientações consistentes, designadamente a necessidade de celebrar um contrato de gestão, nem o dr. Luís Rodrigues se comprometeu com qualquer medida, estratégia, ideia ou resultado, para além das generalidades de melhorar o serviço e de caminhar para o reequilíbrio da empresa”, disse.