Radares Meteorológicos. Paulo Moniz questiona Ministro do Mar sobre instalação nos Açores

O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República, Paulo Moniz, questionou o Ministro do Mar sobre a incumprida instalação de radares meteorológicos na Região, solicitando “o ponto da situação, relativamente aos processos dos radares na Serra de Santa Bárbara (Ilha Terceira), em São Miguel e nas Flores, dado o silêncio da tutela sobre o assunto”, avançou.

Num requerimento enviado a Serrão Santos, o social democrata pretende “o cronograma pormenorizado, com todas as fases dos trabalhos previstos, da obra de instalação do radar meteorológico de Santa Bárbara”, refere.

Da mesma forma, Paulo Moniz solicita “a estimativa de custos e o cronograma global aos radares meteorológicos a instalar nas ilhas de São Miguel e das Flores, incluindo todos os estudos em curso”, explica.

Na sua missiva, o parlamentar pede ainda cópia da ata da reunião realizada em Ponta Delgada – a 17 de janeiro deste ano – “envolvendo o IPMA, a Universidade de Aveiro, o Governo Regional dos Açores, entre outros participantes”, disse.

Paulo Moniz reforça que “estas são promessas com vários anos, e que nunca passaram à prática na anterior legislatura”, sendo que “é consensual que o arquipélago necessita de uma rede de 3 radares, dada a relevância do seu aproveitamento e utilidade científica”, sublinha.

“Aliás, o radar das Flores é mesmo um elemento fundamental e preponderante nessa rede, pois a maioria das tempestades mais gravosas que atingem as ilhas vêm predominantemente de ocidente e serão primeiramente detetadas por esse equipamento específico”, frisa o social democrata.

“A sua instalação deverá complementar informação importante para a avaliação das condições de navegabilidade aérea e marítima
numa importante área de tráfego intenso, como são os Açores, proporcionando também informação útil para as previsões meteorológicas para o continente europeu”, acrescenta.

Paulo Moniz recorda que a localização geoestratégica dos Açores em pleno oceano Atlântico Norte “é uma vantagem única para, através da instalação dessa rede, criar a possibilidade de emissão de alertas precoces de salvaguarda para a segurança de pessoas e bens através do conhecimento geográfico muito preciso e de pormenor, da possibilidade de ocorrência de chuvas intensas e outros fenómenos meteorológicos adversos extremos”, concluiu.