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O grupo municipal do PSD na Assembleia Municipal da Praia da Vitória votou contra o Plano e Orçamento para 2020, considerando que não estão salvaguardadas as necessidades dos praienses ao nível da rede viária, do parque habitacional e do parque escolar, assim como está patente uma repetição de projetos não concretizados e uma má opção ao nível da cobrança de impostos.

“Não nos revemos nas prioridades identificadas pela câmara como sendo as mais importantes para o concelho. Vemos sim uma repetição de projetos vão ficando por cumprir ao longo dos anos”, disse Clélio Meneses, o líder da bancada social democrata.

O deputado municipal adiantou que, “nesta assembleia, houve uma revisão ao orçamento do ano anterior, em que a câmara retirou um valor de 3 milhões de euros de investimentos que não foram realizados”, explicou.

“São projetos, medidas, rubricas, que vão passando de ano para anos sem se concretizarem”, frisou Clélio Meneses, que não esqueceu “a repetição do discurso, que é exatamente igual ao do ano passado, falando de um orçamento ambicioso, sem que isso se repercuta na vida das pessoas”.

Para o social democrata, “há também uma incapacidade de investimento próprio do município, que está apenas e só dependente de fundos externos, não salvaguardando as necessidades efetivas do concelho e do praienses”, afirmou.

Necessidades que destacou ao nível “da rede viária, pela qual as pessoas circulam diariamente e que está em estado degradado, o mesmo acontecendo com o parque habitacional, e igualmente com o parque escolar, que tem uma previsão de investimento de apenas 15 mil euros”, exemplificou.

“Estamos a falar de áreas essenciais, para as quais o município não apresenta uma previsão clara de investimento”, denunciou aquele responsável.

Na área social, “assiste-se a uma insuficiência de apoios, já que os mesmos se cingem a mais passeios, mais jantares e mais convívios, enquanto há praienses que vivem carências sociais todos os dias e não duas ou três vezes por ano”, lamentou.

Clélio Meneses criticou igualmente a autarquia por ser “insensível ao facto de as pessoas estarem sobrecarregadas de impostos e de estarmos perante a maior carga fiscal de sempre em Portugal. pois, na Praia da Vitória, a câmara ainda vai buscar mais 5% do IRS dos cidadãos”.

“Tudo isto quando o poder de compra dos portugueses é um dos quatro mais baixos da UE, pelo que não se entende que a câmara opte por essa medida, que se trata de má gestão e de querer ter na sua posse dinheiro que faz muita falta às pessoas e às famílias”, concluiu o deputado municipal do PSD.