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O deputado do PSD/Açores, César Toste, enalteceu ontem “os milhares de voluntários que dão corpo e alma pela nossa cultura, não os movendo o dinheiro, mas sim o bem-comum”, numa intervenção em que criticou “23 anos de exercício do PS no poder, em que não tem havido justiça na atribuição de apoios oficiais, para além de gastos exorbitantes, derrapagens e má gestão na cultura”, disse.

O social democrata lembrou obras que foram fruto de promessas “de anos e atrasos, como o Centro de Artes Contemporâneas ‘Arquipélago’, a Biblioteca Pública de Angra do Heroísmo ou o Museu Carlos Machado”.

E comparou a gestão cultural da Região “a um palácio, bonito por fora, mas com atrasos, derrapagens e dinheiro dos açorianos gasto sem pensar debaixo do tapete. Tal como acontece com a Casa da Autonomia”, exemplificou.

“Bonito por fora, mas debaixo do tapete já se gastaram muitos milhões de euros com aquela obra. O PSD e o povo açoriano não se identificam com esse tipo de palácio”, afirmou César Toste.

“A Casa da Autonomia de cada açoriano é a sua sociedade recreativa, o seu grupo de teatro ou folclore, a sua galeria, carpintaria ou oficina”, adiantou, frisando que “se os açorianos tivessem essa quantia, teríamos ainda mais património reabilitado nas nossas ilhas”.

“Que cultura é esta quando vemos tanto pouco nas mãos dos açorianos?”, questionou, lamentando “a facilidade com que se inscrevem milhões nos orçamentos. Porque 10 mil euros podem não representar muito para vós [Governo], mas para a maioria dos açorianos é mais do que recebem num ano”, referiu.

“Apesar de todas as dificuldades, os palácios dos açorianos são os melhores, os mais bem geridos e os que traduzem a sua verdadeira essência”, elogiou, lembrando que “esses açorianos gerem as verbas públicas com cuidado, porque pensam e organizam-se para gerir o pouco que lhes atribuído, respeitando os prazos e tudo o que lhes é pedido”, afirmou César Toste.

“Mesmo sem lhes ser dado o devido valor, os açorianos continuam a gerar cultura e a dar a quem nos visita um dos melhores atrativos que o governo utiliza para fazer a promoção dos Açores”, concluiu.