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O PSD/Flores considerou hoje que o governo regional “não está a ser capaz de lidar com o problema da falta de abastecimento de bens essenciais para as ilhas das Flores e do Corvo, na sequência das restrições causadas pelos estragos do furacão Lorenzo”, temendo que “a situação das empresas locais, que já é grave, se possa agravar ainda mais”, disse Bruno Belo, responsável local pelo partido.

O social democrata adianta que, “sendo esta uma altura em temos de apelar a todos os florentinos pela busca das melhores soluções para a ilha, estão a vir do governo falhas que não se podem aceitar, ao nível da gestão dos serviços que permitirão o restabelecer da normalidade no Grupo Ocidental”, acusa.

Bruno Belo reuniu com os empresários das Flores, e mostra-se “muito preocupado, porque já há empresas em risco, e que não sabem se vão pagar os subsídios de Natal em novembro, precisamente porque o abastecimento dos ditos bens essenciais não está a ser eficaz”, explica.

“E temos de esclarecer que não se trata apenas dos produtos ditos essenciais, pois para a empresas esses são todos os que elas vendem e, por exemplo, com o cancelamento da viagem de ontem do barco, que não sendo o barco ideal para estas ilhas não aguentava a ondulação verificada, há ainda mais prejuízos a ter em conta”, acrescenta o presidente da CPI do PSD/Flores.

“Estamos a falar de um decréscimo de 50% na faturação, do barco – o Paulo da Gama – a operar a 40% da sua capacidade, e da situação dramática de haver nove contentores com bens de prazo de validade reduzido destinados às Flores, dos quais apenas dois virão. Ou seja, os produtos vão chegar fora do prazo à ilha”, alerta Bruno Belo.

“Há carga faturada a 6 de setembro que ainda não chegou, há empresários a entrar em desespero, que já falam mesmo em despedimentos no próximo mês, pois as empresas estão descapitalizadas”, refere.

O social democrata diz ainda que, no Corvo, “há porto para as descargas, mas o barco está a operar no Grupo Central”.

Acresce que o anúncio do governo regional, “com a solução para a exportação de gado vivo, não passou disso. Aliás, de uma forma geral, os empresários locais dizem que as soluções apresentadas pela tutela foram mera estética”, avança.

Bruno Belo reforça que, “num tempo de solidariedade local, não pode ser o governo regional a acrescentar problemas aos que já existem. Pelo que a população das Flores e do Corvo exige soluções, mas que resultem, de facto”, concluiu.