O cabeça de lista do PSD/Açores às eleições legislativas nacionais defendeu ontem “incentivos fiscais para a utilização de energias renováveis”, nomeadamente medidas concretas “para que os açorianos possam adquirir viaturas elétricas com vantagens”, avançou.
Paulo Moniz falava após visitar a Graciólica, uma empresa da ilha Graciosa dedicada às energias alternativas, onde frisou que “os Açores, pelas suas distâncias e características, têm condições particularmente favoráveis para a utilização de veículos elétricos, pelo que é fundamental criarem-se incentivos fiscais, que contribuam de facto, para que os açorianos participem na otimização da utilização das energias renováveis”, explicou.
Também, ao nível da Administração Pública, “faria todo o sentido que, por cada viatura a gasóleo abatida, se procedesse à aquisição de uma viatura elétrica em sua substituição “, apontou Paulo Moniz.
“Deve ser o Estado a dar o primeiro exemplo, ainda mais quando tem uma frota automóvel envelhecida, de baixa eficiência e poluente”, sublinhou o candidato.
“Neste campo da mobilidade elétrica, temos assistido a demasiado planeamento no papel, a demasiada conversa, pelo que é chegado o momento de agir e tomar medidas concretas, medidas que incentivem a utilização de uma energia verde e contribuam para um objetivo hipocarbónico”, frisou Paulo Moniz.
“A Europa põe essas metas, o país assume-as, e deve dar sinais concretos , a começar pelo próprio Estado”, afirmou o social democrata.
Sobre a realidade local da Graciosa, Paulo Moniz considerou “positiva a taxa de penetração das energias renováveis na rede”, mas alertou para a necessidade “de lhe darmos uma boa utilização no nosso dia a dia, porque não chega ter apenas essa boa taxa de penetração”, considerou.
“A política energética não se deve circunscrever a essa realidade, que é positiva, deve sim ser complementada com ações concretas e transversais ao quotidiano”, referiu, exemplificando com “a utilização correta da energia verde produzida, carregando os veículos elétricos durante a noite, quando essa energia não é usada”, adiantou.
Paulo Moniz destacou ainda o maior aproveitamento das energias renováveis, como “fator essencial no modelo energético futuro”, alertando para a importância “da eficiência energética dos edifícios, a começar pelos edifícios públicos, pelo que já é tempo de serem implementadas medidas no terreno nesse sentido”, concluiu.