Comissão de Inquérito. PS “só quis defender o Governo” e não apurar a verdade

A deputada do PSD/Açores Mónica Seidi afirmou que o Partido Socialista apenas quis “defender o Governo” na investigação às suspeitas de maus tratos a idosos na Região, alegando que o PS “tudo fez para dificultar” o apuramento da verdade.

“O Partido Socialista só quis defender o Governo Regional, em vez de contribuir para o apuramento da verdade. Aliás, o Partido Socialista tudo fez para dificultar os trabalhos da Comissão de Inquérito”, disse a social-democrata.

Mónica Seidi, que falava no parlamento durante a apresentação do relatório final da Comissão de Inquérito à Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados, salientou que a Comissão “não atingiu os seus objetivos principais, simplesmente porque o PS não quis”.

“A Comissão foi criada para apurar eventuais falhas ou omissões na prestação de cuidados a idosos, e avaliar os indicadores de qualidade de toda a Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados. Para o PSD, isso não foi de forma alguma conseguido”, frisou.

Segundo Mónica Seidi, “o Partido Socialista não quis encontrar responsáveis para as inconformidades constatadas, sendo que algumas delas ainda persistem”.

A deputada social-democrata lembrou que a Comissão de Inquérito “só iniciou verdadeiramente os seus trabalhos quatro meses após a sua constituição”, tendo ficado por ouvir diversas personalidade.

“O PSD, como partido proponente desta Comissão, alertou, no decorrer dos trabalhos, que não se revia naquele modelo de funcionamento. Nem com um relatório que, na prática, não traduz o que se passou ao longo destes nove meses. Daí o nosso vota contra o relatório final”, afirmou.

Mónica Seidi acrescentou ser “incompreensível como é que, três anos depois das denúncias, pouco ou nada tenha sido feito pela tutela nesse sentido”.

“É igualmente lamentável que a Secretária Regional da Solidariedade Social, sabendo desde 2016 das denúncias de maus-tratos, só em 2018 tenha reunido com o Ministério Público e recebido as famílias das alegadas vítimas”, concluiu.