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Márcio Silva, candidato do PSD/Açores à Assembleia da República, defende a aplicação “imediata” das majorações de apoios sociais para os 162 trabalhadores despedidos pela Cofaco, na ilha do Pico, em maio de 2018, “cumprindo o estabelecido em resoluções aprovadas pela Assembleia Regional e pela Assembleia da República”, afirmou.

Em causa está “um regime especial e transitório de facilitação de acesso, majoração de valor e prolongamento de duração de apoios sociais a esses trabalhadores que, recorde-se, laboravam para o maior empregador do Pico. Representam 4% da população ativa da ilha e 6% do concelho da Madalena”, sublinha o social democrata.

“Na prática desapareceram cerca de 300 postos de trabalho diretos e indiretos, criando um desequilíbrio na situação social e económica da ilha do Pico e da Região. É fundamental minorar as dificuldades da população picoense, reconhecendo a especificidade e excecionalidade desta situação”, reforça Márcio Silva.

O despedimento deveu-se ao encerramento da fábrica da Cofaco no Pico, “havendo um compromisso da empresa de abrir uma nova fábrica até janeiro de 2020, com capacidade inicial para 100 trabalhadores e a possibilidade de aumentar o efetivo até 250”, recorda o candidato.

Márcio Silva considera que “estamos perante uma situação inadmissível e que afeta os trabalhadores e as suas famílias”, sendo um exemplo claro “de que termos um governo da República e regional da mesma cor política, no caso do PS, não significou benefício algum para os picoenses”, afirma.

“A verdade é que, passado mais de um ano, e depois de inúmeras lutas travadas pelos trabalhadores, e da aprovação, por unanimidade, quer na Assembleia Regional, quer na Assembleia da República, a medida nunca foi aplicada”, sintetiza Márcio Silva.

O candidato diz que cabe aos governos dos Açores e da República “acatar as deliberações dos dois parlamentos. Deliberações criadas a favor dos trabalhadores despedidos da Cofaco e que exigem esse cumprimento”.

“Exige-se uma atuação diferente do governo regional e do governo da República, que que faltaram aos seus compromissos”, lamenta.

“Já há casos de graves consequências sociais e económicas, entre os ex-trabalhadores, tendo ambos os governos contribuído para esse retrocesso, que afeta as ilhas do triângulo e consequentemente a Região”, acrescenta.

“As situações de emergência obrigam a atuações excecionais”, pelo que os trabalhadores despedidos pela Cofaco “mereciam mais por parte do governo regional e do governo da República”, conclui Márcio Silva.