O candidato do PSD/Açores à Assembleia da República, António Ventura, comprometeu-se hoje a combater as fragilidades na exportação dos produtos do arquipélago, nomeadamente “ao nível dos transportes, e nas áreas da Hortofloricultura e da Floricultura”, uma situação que vai continuar a merecer “grande atenção e acompanhamento do grupo parlamentar do PSD no Parlamento”, garantiu.
O social democrata falava após uma reunião com os responsáveis pela Cooperativa Fruter, em Angra do Heroísmo, onde foi acompanhado pelo cabeça de lista, Paulo Moniz, frisando que “o sucesso do modelo agroeconómico da Região depende dos transportes, e essa é, sem dúvida, uma grande preocupação”, disse.
“Uma preocupação que se sente tanto na carga aérea como na carga marítima, pois necessitam de regularidade e de preços acessíveis para que, por via do aumento das exportações, se consigam criar mais postos de trabalho e se possa gerar riqueza nos Açores”, explicou.
“Os apoios existentes, apesar de toda a propaganda oficial que originam, são bastante limitado. E a exportação dos nossos produtos é prejudicada por um modelo que já está esgotado e que deve ser revisto”, adiantou o candidato, relembrando propostas do PSD, “que foram aprovadas em plenário, e que visavam a busca de novos mercados para os agroalimentos dos Açores e da Madeira, assim como o reforço das trocas comerciais de ambas as regiões com o Continente”.
“Infelizmente, na prática nada foi feito pelo governo da República, pelo que teremos de voltar a estes assuntos na próxima legislatura, pois na execução tudo falhou e consideramos que os açorianos foram enganados”, considerou Ventura.
Também os custos de produção “são um grande obstáculo para os produtores açorianos, a que se juntam às referidas despesas de transportes, sempre a exigirem um diálogo constante entre a Região e Lisboa, coisa que parece estar a acontecer cada vez menos”, frisou o deputado do PSD.
António Ventura expressou ainda a apreensão social democrata relativamente aos Acordos com o Mercosul, “que irão afetar não apenas o mercado da carne e dos laticínios, mas também as hortofrutícolas”, uma preocupação “que todos sentem, com exceção dos governos socialistas dos Açores e de Lisboa, dada a inação que têm demonstrado a esse nível”.
“Este pode vir a ser um fator de enorme insegurança na nossa Agricultura”, porquanto as importações de produtos com preços muito baixos poderão ser feitas, sem as restrições e exigências que hoje aplicam ao que se produz na Europa”, concluiu.