O deputado do PSD/Açores Jorge Jorge defendeu que tem de haver “uma maior estabilidade” nas escolas açorianas, sublinhando que “essa tem sido uma incapacidade do governo regional, porquanto continua a dar mais do mesmo aos nossos estudantes, querendo até crianças e jovens expostos na sua comunidade perante os seus pares”.
O social-democrata acusou a bancada da maioria de fazer aprovar medidas “sem ter em conta as associações de estudantes, de pais, os sindicatos ou outras personalidades de reconhecido mérito na área da Educação. Isso voltou a acontecer, hoje”.
Jorge Jorge recorda que este é “o mesmo governo que defendeu o direito dos jovens a estar com a família e ao seu tempo de criança para o desenvolvimento de outras atividades. O mesmo que agora querem pôr na escola, durante as interrupções letivas esses jovens e crianças, expondo-os, humilhando-os, discriminando-os negativamente, violando-os no seu direito às interrupções letivas”, acusou.
Para o parlamentar, tratou-se de aprovar “uma medida descontextualizada e extemporânea, de que o próprio secretário regional da Educação se apressou a demarcar, referindo que o Governo não a iria implementar, pois era necessário mais tempo para analisar as suas implicações”, explicou.
“Mas o facto é que ela existe, e está esplanada no estatuto do aluno, pelo que os executivos podem implementá-la com toda a legitimidade, mesmo que o senhor secretário diga que não a vai cumprir”, acrescentou o deputado.
Para o social-democrata, é urgente que, no início do próximo ano letivo, “este assunto esteja esclarecido para a comunidade escolar. Pelo propusemos uma alteração ao estatuto do aluno, reforçados pelo facto de na interrupção letiva da Páscoa, professores terem sido chamados à escola para cumprir componente letiva”.
O deputado lamenta que o PS “se tenha bastado a si próprio, sem ouvir ninguém sobre esta matéria, porque os seus deputados estão convictos do orgulhosamente sós, como tem ficado demonstrado nos debates e corroborado pelas declarações do senhor secretário regional da educação”, referiu.
“Foi uma proposta reativa à luta justa pela contagem do tempo de serviço docente, e seguiu a velha máxima socialista, quem se mete com o PS leva”, disse ainda Jorge Jorge.