Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Pico alertaram para a “cobertura insuficiente” de telecomunicações na ilha, nomeadamente no acesso às redes móvel e de fibra ótica.
“A ilha do Pico encontra-se insuficientemente servida de infraestruturas de telecomunicações. É exemplo disso o sinal da rede de telemóvel que é inexistente nas partes altas e interior da ilha, por onde circulam todos os dias imensos agricultores, população residente que atravessa a ilha, a que no verão se somam inúmeros turistas. Também em algumas freguesias ainda subsistem várias ‘zonas escuras’”, afirmaram Jorge Jorge e Marco Costa.
Em requerimento enviado à Assembleia Legislativa dos Açores, os deputados social-democratas chamaram também a atenção para a “deficiente acessibilidade ao serviço de fibra ótica em algumas freguesias” da ilha do Pico, o que consideram ser uma “falha bastante grave”.
“Muitos dos picoenses estão ainda limitados a um serviço antigo e obsoleto de ADSL e Satélite, com acessos à Internet e televisão medíocres e caros, que não satisfazem as necessidades atuais de quem diariamente a eles recorre para trabalhar, estudar, comunicar ou simplesmente para lazer”, disseram.
Para Jorge Jorge e Marco Costa, o acesso com “qualidade e fiabilidade” às redes de telecomunicações fixas e móveis constitui “um dos novos direitos de cidadania, competindo aos poderes públicos garantir a todos os cidadãos igualdade de acesso aos respetivos serviços”.
“Estas situações têm de merecer disponibilidade e abertura do Governo Regional para serem resolvidas em conjunto com as operadoras. As populações das freguesias e lugares do Pico sem cobertura das redes de fibra ótica ou móvel exigem igualdade de acesso às novas realidades comunicacionais”, sublinharam.
Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Pico defendem, face à dimensão territorial, económica e populacional da ilha, a “generalização” do acesso à rede de fibra ótica em todas as freguesias e à rede móvel em toda a extensão da ilha.
Jorge Jorge e Marco Costa questionaram o Governo Regional no sentido de saber que medidas pretende o executivo tomar para resolver esta situação, quer junto das operadoras de telecomunicações, quer junto da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).