Os deputados municipais do PSD na Praia da Vitória votaram contra as contas do município, como aliás já tinham feito os vereadores social-democratas da oposição, tendo lamentado “os erros constantes na gestão da autarquia, que a atual gestão insiste em manter”.
Segundo o líder da bancada, a Praia da Vitória tem vivido “um tempo nebuloso de esquemas jurídico financeiros, de confundir responsabilidades, património e contas públicas. Aliás, conforme o PSD sempre denunciou e o Tribunal de Contas (TC) demonstrou”, disse Clélio Meneses.
“Na sequência das recomendações do TC, há uma inversão. Mas continua por concluir o processo de trazer transparência ao património, atividade e contas do município”, alerta o deputado municipal.
“Enquanto não estiver concluído o processo de passagem real para a esfera pública daquilo que é público, conforme sempre defendemos desde a primeira sessão desta Assembleia, e conforme recomendou o TC, não temos certeza daquilo que se passa efetivamente com o património e finanças do município, pelo não podemos ratificar e apoiar as suas contas”, explicou Clélio Meneses.
O voto contra do PSD “é uma questão de responsabilidade política e coerência. Responsabilidade é responder pelos atos de acordo com as responsabilidades que cabe a cada um, pois quando tudo estiver esclarecido e regularizado, votaremos de acordo com a situação em concreto” referiu.
“Se votarmos a favor não será uma mudança de posição da nossa parte, mas sim o resultado da mudança de práticas e estratégia do município conforme sempre defendemos. Mas isso não está a acontecer”, disse o responsável pelo grupo municipal do PSD, que aprovou a saída do Programa de Apoio à Economia Local.
Clélio Meneses disse ainda que o presidente da autarquia “voltou a não responder a um conjunto de questões que lhe colocamos, o que não nos admirou. Mas o que se lamenta é percebermos que nada vai mudar”, adiantou.
“Na prática, e apesar de termos suscitado que se acabasse com a Derrama, que se acabasse com os atrasos no pagamento a fornecedores ou que se aumentassem as transferências para as juntas de freguesia. Mas nada disso vai acontecer”, criticou o social-democrata.
Os praienses precisam de uma câmara com um discurso positivo, de esperança e de entusiasmo. E, infelizmente, isso continua a não existir na Praia da Vitória”, concluiu.