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O presidente do PSD/Açores comprometeu-se a “dignificar” o trabalho dos profissionais da construção civil na Região, lembrando que este é um setor que emprega cerca de 11 mil pessoas no arquipélago.

“Este é um setor com 11 mil trabalhadores na Região, o que é muito significativo. Considero que é muito importante dignificar este setor e os seus trabalhadores. Este é um compromisso que o PSD/Açores vai apresentar nas eleições regionais de 2020”, afirmou Alexandre Gaudêncio, após uma reunião com a direção da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA).

O líder dos social-democratas açorianos defendeu que uma das formas de contribuir para a “dignificação” dos trabalhadores da construção civil é a criação de uma cédula profissional, “em que cada funcionário, de modo a exercer a sua atividade no setor, deve estar devidamente certificado”.

“É isso que já acontece noutros locais, como por exemplo o Canadá, que é um país em que se dignifica muito o setor da construção civil”, disse.

Alexandre Gaudêncio garantiu que um governo social-democrata “criará um verba específica no Orçamento Regional para a formação profissional no setor da construção civil, quer para os trabalhadores que querem iniciar-se no setor, bem como para os já estão nesta área e pretendam reciclar os seus conhecimentos”.

“Queremos uma formação profissional na construção civil feita de forma transversal e com regularidade. O recente anúncio feito pelo Governo de abertura pontual de alguns cursos intensivos é um bom princípio, mas é preciso ir mais além”, considerou.

Na reunião com a direção da AICOPA, o presidente do PSD/Açores abordou também o facto de diversos concursos para obras públicas “terem ficado desertos”, dado que o Governo Regional lançou procedimentos com “preços muito abaixo dos valores de mercado”.

“Estamos a falar, por exemplo, dos concursos para obra de ampliação do Porto de Ponta Delgada ou da reabilitação da Escola Rui Galvão de Carvalho, que ficaram desertos. Só aqui ficaram por investir quase 45 milhões de euros, que fazem falta à nossa economia”, afirmou.

Para Alexandre Gaudêncio, “este não pode ser o caminho a seguir, pois as empresas de construção civil querem saber com o que podem contar”.

O líder social-democrata alertou ainda para a “urgência” de rever o atual regime de contratação pública nos Açores, dado que algumas das suas normas foram declaradas inconstitucionais.