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A Comissão Política do PSD/Faial considerou que a incapacidade da SATA nas ligações aéreas, ao longo dos últimos 5 anos, associada à incapacidade da Atlânticoline na preparação da operação sazonal, “são a demonstração da falência do modelo de transportes desenhado pelo governo do Partido Socialista para a Região”.

Reportando-se também à Azores Airlines, os social democratas liderados por Carlos Ferreira entendem que “as incidências registadas sucessivamente, desde 2015, degradaram por completo a confiança dos passageiros em fazerem uma reserva e a respetiva viagem sem sobressaltos relacionados com o atraso do voo, a chegada ao destino com toda a bagagem ou até o cancelamento da viagem”.

“E isso por motivos que, muitas vezes, nada têm a ver com condições atmosféricas, mas sim com incapacidade de planeamento”, adiantam.

O PSD/Faial enfatiza que as dificuldades nas acessibilidades aéreas e marítimas, “estas últimas agravadas pela decisão política de não alugar um barco para substituir o acidentado Mestre Simão até à chegada do novo navio”, continuam a afetar “de forma grave” a mobilidade dos residentes e o funcionamento da economia da ilha.

“Falta visão e planeamento ao governo regional”, afirma a comissão política de ilha, que acrescenta ainda que “o Faial poderia crescer e desenvolver-se a um ritmo muito superior, e criar emprego que não está a ser criado, se a política de transportes o permitisse”.

Em relação à atividade económica, para além da incapacidade de exportação dos produtos locais, os social democratas do Faial destacam os problemas sentidos pelos operadores turísticos, “quer pela dificuldade que as pessoas têm para chegar à maior parte das ilhas dos Açores”, ou pelas alterações constantes que os operadores têm que fazer aos pacotes turísticos que já venderam aos clientes (e que incluem, por exemplo, viagens entre ilhas por via marítima, que são posteriormente alteradas pela Atlanticoline), quer seja ainda pela destruição da confiança no destino turístico resultante de todas estas vicissitudes”, explicam.

“O sistema de transportes aéreos e marítimos que serve o Faial não gera confiança e fiabilidade em quem precisa deles. Pelo contrário, é neste momento um forte entrave à mobilidade das pessoas e ao desenvolvimento económico”, dizem.

“Os problemas ocorrem, ano após ano e com tanta frequência, que já deixaram de ser incidências e passaram a ser a regra. Representam a incapacidade de trabalho do governo regional e dos administradores da sua confiança nomeados para as empresas públicas de transportes aéreos e marítimos”, afirmam.

O PSD/Faial lembra mesmo “o famoso PIT, o Plano Integrado de Transportes apresentado com pompa em 2014 e rapidamente enterrado pelo governo”, concluindo que os Açores “precisam de um novo governo, que tenha visão e perceba que numa região arquipelágica a política de transportes é o motor da economia e da criação de emprego. Sendo também a base para assegurar a mobilidade das pessoas que aqui vivem e que precisam de se deslocar, muitas vezes por motivos de saúde”.