Os TSD/Açores consideraram que o desemprego, “que é, cada vez mais, um drama social nos Açores”, não tem tido, “as respostas atempadas e adequadas exigidas ao Governo Regional que, pelo contrário, ainda exerce uma propaganda de mau gosto face à atual situação”.
Para a estrutura presidida por Joaquim Machado, a taxa de desemprego registada no primeiro trimestre deste ano “atesta a incapacidade do governo socialista para resolver um problema que atinge muitos milhares de famílias açorianas”.
“A visão cor-de-rosa do Governo Regional não tem correspondência com a realidade vivida por mais de 10 mil desempregados, que coloca os Açores com a segunda taxa de desemprego mais elevada do país”, afirmou o líder dos TSD regionais.
Joaquim Machado lembra que, nos últimos 12 meses, “o desemprego baixou em Portugal 1,1%. Na Região Autónoma da Madeira a descida foi de 2,1%, e nos Açores de apenas 0,5%, ou seja, a desaceleração do desemprego faz-se de forma muito lenta nas nossas ilhas, com manifesto prejuízo para quem aqui vive”, refere.
“Pode mesmo afirmar-se que a austeridade ainda não passou nos Açores, pois a taxa de desemprego mantém-se superior à verificada em 2010, o ano imediatamente anterior à crise deixada pela governação ruinosa de José Sócrates – então com 6,9% e hoje nos 8,4% -”, diz aquele responsável.
“E no mesmo sentido aponta o número de desempregados: 8139 em 2010; 10 mil 300 em março passado”, acrescenta.
Para Joaquim Machado, “nem a criação de emprego poderá ser considerada animadora ou indiciadora de estarmos a recuperar da crise, já que a população empregada continua aquém do que se verificava há dez anos”.
“E mais confrangedor é verificar que, no último ano, se registou um crescimento líquido de apenas 289 empregos, pouco mais de um terço das vagas que o Governo Regional prometeu abrir na Administração Pública Regional”, reforça o social-democrata.
A tudo isso acresce, segundo o dirigente, que “ainda há milhares de desempregados integrados em 23 programas ocupacionais, prova evidente de que as políticas económicas do Governo Regional são impotentes para debelar um desemprego estruturalmente elevado como o que temos nos Açores”.
Para os TSD/Açores, “repudiar esta propaganda de mau gosto do Governo Regional, na leitura dos indicadores estatísticos agora publicados, é um imperativo democrático”.
Uma vez que a governação socialista “já habituou os açorianos a uma despudorada propaganda de matriz partidária, frequente e paga com o dinheiro dos contribuintes”, adiantam.
“Mas, por mais que insista, a propaganda não consegue camuflar o drama do desemprego. Além de atentar contra a dignidade de quem não tem trabalho”, conclui Joaquim Machado.