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O PSD/Terceira criticou fortemente o Governo da República, face “aos vários compromissos eleitorais assumidos pelo executivo de António Costa que não vão ser cumpridos, quando estamos mesmo no fim da Legislatura”, acusando igualmente o Governo Regional, “de cumplicidade no processo, uma vez que, juntos, têm publicitado medidas que não estão a ser aplicadas nos Açores”.

“Existe uma grande diferença entre o que é anunciado e o que é, efetivamente, realizado”, disse o presidente da comissão política de ilha, António Ventura, assegurando que “muitas medidas não vão ser cumpridas e outras, simplesmente, ficarão inacabadas”.

E deu como exemplos a descontaminação total dos solos e aquíferos na Praia da Vitória, “que não está a acontecer, como exigiu o Parlamento, numa recomendação conjunta de vários partidos e que incluiu o PS. Aliás, a execução do PREIT, não viu sequer a maior parte das medidas saírem do papel”, adiantou.

“As novas valências e funcionalidades da Base das Lajes tardam em chegar”, disse Ventura, que é também vice-presidente do PSD/Açores, lembrando igualmente que falta “a manutenção de um radar meteorológico na Serra de Santa Bárbara e a construção de outro radar em São Miguel, o chamado Centro de Defesa do Atlântico, de que nunca mais se ouviu falar, assim como a candidatura do Porto da Praia da Vitória ao “Plano Juncker”, que nunca se fez, ou os proveitos sociais e económicos para os Açores do funcionamento do Air Center, que se desconhecem por completo”.

O líder do PSD local recordou ainda que falta cumprir “o aumento dos efetivos na PSP, no SEF e na GNR, a reivindicação do aumento do POSEI junto da CE, a reintegração dos funcionários dispensados pela RTP/Açores e o acesso dos trabalhadores portugueses na Base das Lajes à medicina do trabalho”, elencou.

Quanto à certificação civil da Base das Lajes, foi Rui Espínola, vice-presidente da estrutura social-democrata, quem se pronunciou, considerando que a mesma “não pode ficar num impasse”, e que o PSD/Terceira lamenta, “um ano volvido da aplicação daquela certificação, a incapacidade do Governo Regional para, conjuntamente com as entidades envolvidas no processo, – Força Aérea, ANAC, NAV – agilizar a implementação prática dos anunciados benefícios”, frisou.

“Continuam todos embrenhados em aspetos técnicos e burocráticos, numa aparente ausência de diálogo e de entendimento, que em muito prejudica as acessibilidades dos terceirenses e a economia da ilha Terceira, ao contrário do que é publicitado”, referiu.

“Falta a divulgação e a publicação da informação aeronáutica resultante da certificação civil, que é fundamental para agilizar os procedimentos para toda a aviação civil que por cá queira ou necessite passar. E isso é primordial para a melhoria das acessibilidades à ilha, a captação de novos fluxos turísticos e o aumento das escalas técnicas”, disse Rui Espínola.

O social-democrata defendeu ainda que a Terceira necessita “de uma maior presença da SATA, sobretudo na captação dos fluxos turísticos com a América do Norte e o Canadá”.

“A implementação total da certificação civil da Base das Lajes é mais um exemplo do abandono e desnorte a que os executivos socialistas têm votado a Terceira”, afirmou.

Assim, o PSD/Terceira exigiu que Governo Regional “encontre uma plataforma de diálogo com todas as entidades envolvidas no processo, por forma a publicar rapidamente a informação aeronáutica. De outra forma, o processo de Certificação Civil da Base das Lajes não será efetivado na sua totalidade, sem bloqueios ou restrições”, concluiu.