O deputado do PSD/Açores Jorge Jorge considerou, a respeito do concurso do pessoal docente da Região, que “uma vez mais, ficou demonstrado que o governo socialista não quer resolver a questão da precariedade dos professores nos Açores”.
“No ano transato, entre afetações e contratados, havia cerca de 900 professores na Região, uma situação que se vai repetindo ano após ano, sendo que as vagas para concurso foram apenas cerca de 90”, afirma o social-democrata.
Para Jorge Jorge, a situação “em nada contribui para a qualidade do ensino nos Açores, até porque levará muitos daqueles docentes precários a, logo que possam, concorrer para os quadros do continente, de forma a conseguirem integrar a carreira”, explica.
“O PSD está absolutamente contra esta precarização da carreira docente nos Açores e contra esta visão economicista dos socialistas, que não é mais do que uma eternização dos docentes contratados, que cria uma desmotivação dos mesmos, pois continuam, ano após ano, sem perspetiva de serem integrados na carreira docente dos Açores”, referiu.
Para o PSD/Açores devia ser introduzido, tal como acontece no continente e na Madeira, e de acordo com as indicações da UE, “um limite à contratação sucessiva de professores a termo certo, devendo esses docentes ser integrados na administração publica regional”.
Para Jorge Jorge, “estar em regime de precariedade durante anos a fio, tem prejudicado a vida pessoal e familiar daqueles professores, pelo que tudo faremos para que esta situação seja resolvida no futuro”, garantiu.
O deputado acrescenta que “continuamos a ter professores contratados a termo certo durante anos seguidos, exercendo as mesmas funções que outros colegas, com o mesmo ou até com mais tempo de serviço que outros colegas, mas remunerados por índices muito abaixo do que o seu tempo de serviço indiciaria”.
Uma situação “que só é mantida pelo governo do PS, porque lhes permite poupar muito dinheiro, recorrendo a mão de obra barata e precária, que vai colmatando as necessidades permanentes do sistema educativo regional”, sublinha.
“E isso prova-se com o número de professores que, ano após ano, e sucessivamente, iniciam contrato a 1 de setembro e o terminam a 31 de agosto. É necessário implementar uma norma travão para impedir a contratação sucessiva, abusiva e precária de docentes na região autónoma dos Açores”, conclui Jorge Jorge.