Em dia de feriado na maior cidade dos Açores, pensamos em como a devoção ao Senhor Santo Cristo extravasa em larga escala o território do município, da ilha, da região ou do país. É um viver universal que une os açorianos crentes e não crentes.
A festa também tem o lado profano, de grande adesão popular e que chama à ilha visitantes dos quatro cantos do mundo.
Numa época em que conhecemos as dificuldades por que passam muitos dos nossos conterrâneos, as duas vertentes que unem os Açores em torno da fé não pode deixar de apelar a que essa união seja, também, na iniciativa de proporcionar um futuro com melhores perspetivas a quem vive o drama da pobreza, da exclusão social e da indiferença.
Quando soubermos aproveitar as sinergias do que nos motiva na comunhão de ideais, seremos capazes de ser solidários e de ajudar quem precisa a libertar-se dessa dependência social e isso é essencial para o nosso futuro comum.
É uma caminhada em comunhão no que mais importa.
Afinal, como diz a canção, muito mais é o que nos une, que aquilo que nos separa.