O PSD/Terceira quer uma estratégia “concertada e eficaz para o turismo na ilha”, que seja “economicamente sustentável, consiga a captação de novos fluxos, o aumento das dormidas, hóspedes, proveitos, ou seja, uma maior rentabilidade económica”.
Segundo adianta o vice-presidente da Comissão Política de Ilha social-democrata, Rui Espínola, “é imperioso definir uma estratégia, face ao todo regional, de forma a mudar o que está mal e a eliminar os obstáculos que impeçam o cumprimento destes objetivos”.
Desde o verão de 2018 que a ilha Terceira apresenta uma tendência muito acentuada de decréscimo em dormidas, hóspedes e passageiros desembarcados.
Os social-democratas lembram que, segundo o SREA, e comparativamente aos meses homólogos de 2018, “a Terceira teve, nos primeiros dois meses deste ano, menos 24 % de dormidas, menos 20% de hóspedes e menos passageiros desembarcados. A eliminação do voo de Madrid contribuiu decisivamente para tal”, afirma Rui Espínola.
“É ao Governo Regional que cabe dar resposta a estes problemas, melhorando as acessibilidades aéreas, assumindo uma maior presença da SATA na ilha, e combatendo à sazonalidade, por exemplo, através da promoção e captação do turismo de eventos”, diz o dirigente social-democrata.
“Não se pode aceitar que a SATA venha paulatinamente abandonando os terceirenses e prejudicando economicamente a Terceira. Trata-se da companhia aérea regional, paga com os impostos de todos nós, e deve contribuir para a melhoria da mobilidade de todos os açorianos, e decisivamente na captação de novos fluxos turísticos, sobretudo os do mercado norte-americano”, sustenta aquele responsável.
Para o PSD/Terceira é urgente “uma maior e mais eficaz promoção da ilha junto dos mercados internacionais, assente no turismo de natureza, na cultura e nos eventos. A associação destes três vetores é fundamental, pois caracterizam aquilo que de melhor temos para oferecer e o que de melhor sabemos fazer. E isto tem de ser uma marca identitária do destino Terceira”, defendem.
Rui Espínola indica que a aposta no turismo de eventos “é uma das medidas que, em nosso entender, poderá combater a sazonalidade do turismo na época baixa, já que contribui para desenvolver turisticamente a região, cria oportunidades de viagem, identifica o destino turístico, cria uma imagem favorável para o destino, atrai turistas, gera benefícios para outros setores económicos, combate a sazonalidade e estimula visitas repetidas”, explica.
O dirigente do PSD refere que a assistência necessária à realização desses eventos “gera toda uma partilha de recursos e de sinergias entre empresas locais e meio envolvente, promovendo o aumento do consumo e o desenvolvimento. Para isso, é necessário, por parte do Governo Regional, a divulgação, atração e potenciação de todos os espaços, locais e meios disponíveis ou a disponibilizar no apoio a estes eventos, sejam eles empresariais, sociais, culturais, desportivos, etc. E isto está por fazer”, critica.
Nesse contexto, “não é admissível que a BTL 2019 tenha contado apenas com duas empresas da Terceira”, diz Rui Espínola, frisando que, “se queremos crescer turisticamente precisamos de promoção eficaz. E cabe ao Governo Regional e aos municípios incentivarem os empresários em participações nacionais e internacionais, com destaque para o mercado europeu e norte-americano”.
O PSD local quer ainda que o Governo Regional incentive a promoção e a captação de novas companhias aéreas e rotas com destino à Terceira, implicando isso, entre outras coisas, “uma melhor divulgação das vantagens da Certificação Civil da Base das Lajes”, conclui o vice-presidente do PSD/Terceira.