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A deputada do PSD/Açores, Mónica Seidi, considerou que o Governo Regional continua a ser “incapaz” de resolver os problemas do setor da Saúde, acusando a governação socialista de, “passados 2 anos e 4 meses da presente legislatura, ter uma atuação amorfa”, com um titular da pasta “que não age, mas apenas reage às denúncias tornadas públicas pela oposição ou pela comunicação social”, disse.

A social-democrata interpelava o executivo, visando “um diagnóstico real sobre o estado do Serviço Regional de Saúde (SRS)”, uma intenção “que não se consegue concretizar, porque o senhor secretário [Rui Luís] não tem respostas para dar aos açorianos. Que aguardam em casa as soluções para os seus problemas de saúde”, afirmou a social-democrata.

“Esses problemas repetem-se há anos e anos sem fim, comprovando-se a incapacidade do Governo Regional em resolvê-los”, disse a deputada, lembrando que o executivo açoriano “foi igualmente incapaz de prever o caos que se viveu e continua a viver no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDES)”.

E confrontou a bancada socialista no plenário, classificando como “um caos” a falta de camas para alojar doentes, o cancelamento de cirurgias e ou o esgotamento dos profissionais: “São um caos, e põem em causa os cuidados de saúde prestados aos utentes da nossa Região. E não é o PSD que o diz, mas sim o diretor clínico do HDES”, avançou.

Mónica Seidi questionou ainda se o aumento do número de profissionais de saúde, “estará a conseguir resolver o tempo de espera das listas cirúrgicas, o tempo máximo de resposta garantida para as primeiras consultas, para a realização de exames complementares de diagnóstico ou para a deslocação de médicos especialistas às ilhas sem hospital”.

“Quem nos trouxe até aqui, já não nos consegue tirar daqui. E é preciso um Governo novo para acabar com esta situação. Sem isso não chegamos lá”, reforçou.

A deputada sublinhou mesmo a “falta de respostas” do executivo às perguntas feitas pelo maior partido da oposição, nomeadamente “a questão da falta de produtividade dos blocos operatórios, da carência de anestesistas e de enfermeiros instrumentistas, assim como as que são sentidas nas diversas especialidades cirúrgicas do SRS, como a neurocirurgia na Terceira”, exemplificou.

Por conhecer ficaram também “os dados referentes às disponibilidades e necessidades das várias unidades de saúde de ilha, relativamente às deslocações de médicos especialistas aonde não existe hospital. Foi mais uma das coisas que o Governo não nos quis dizer”, acrescentou.

Mónica Seidi referiu-se ainda ao subfinanciamento crónico dos hospitais dos Açores, avançando os números relativos ao terceiro trimestre de 2018, “que apresentam resultados negativos de 16 milhões de euros, assim como dívidas a fornecedores de 120 milhões de euros, asfixiando as empresas e os seus colaboradores”, concluiu.