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O deputado do PSD/Açores, Jorge Jorge, considerou que os maus resultados escolares verificados na Região “traduzem as carências sociais” vividas no arquipélago, lembrando igualmente que “mais de dois terços dos alunos açorianos são beneficiários da Ação Social Escolar, com uma concentração muito forte no primeiro escalão, o que condiciona os seus resultados”, afirmou.

Lembrando que os rankings das escolas são uma realidade “muito mais complexa do que uma simples classificação de escolas por exames em notas nacionais”, o social democrata diz que os mesmos “não podem ser ignorados pelos decisores políticos e pela comunidade educativa”.

Intervindo num debate sobre os resultados escolares na Região, Jorge Jorge

apontou como “fator decisivo” para os resultados menos bons registados o facto de “vivermos numa sociedade pobre, onde não podem aparecer os melhores resultados escolares, porque as duas coisas estão interligadas”

O deputado destacou que, no fim da lista dos rankings, “aparecem escolas inseridas em contextos socioeconómicos mais desfavorecidos, onde a grande maioria dos alunos tem apoio social escolar e os pais têm pouca escolaridade, fatores que condicionam o sucesso educativo”.

“A pobreza criada pelos governos socialistas há mais de vinte anos, e a sua corelação com o sucesso educativo, são um fator decisivo no falhanço rotundo deste governo e das suas políticas de educação nos Açores”, afirmou.

“A educação não pode ter sucesso nos Açores, porque o socialismo não conseguiu criar uma sociedade próspera, apesar dos milhões e milhões de euros da União Europeia”, acrescentou, adiantando que “não é por falta de escolas ou de bons docentes, mas pela falta de o governo criar as condições necessárias para que crianças e jovens dos Açores possam aprender, valorizando a sua educação”, apontou.

Jorge Jorge defendeu “uma educação inclusiva e orientada para o aluno, o que só se conseguirá com flexibilidade e autonomia”, pelo que o PSD “defende e continuará a defender o reforço da autonomia das unidades orgânicas”, referiu.

“Se, na Região, a autonomia escolar fosse real e efetiva, não teríamos certamente escolas a abraçarem o projeto nacional de flexibilidade e autonomia curricular”, lembrou, frisando que os Açores necessitam “de um novo ciclo, com proximidade entre os agentes educativos, valorização pública da escola como elevador social, elevação de expectativas dos alunos, e um governo colaborante, que não promova braços de ferro inúteis com o setor”, concluiu.