O PSD/Açores considerou que o Governo Regional “condiciona o funcionamento do Ensino Profissional”, no arquipélago, porquanto continua “a limitar a abertura de dois cursos por ano, cursos que é a tutela quem determina quais são e não os que as escolas pretendem”.
“Além disso, retira alunos das escolas profissionais, encaminhando-os para as escolas do ensino regular”, disse João Dâmaso Moniz, da Comissão Política Regional do partido.
“Apesar do que apregoa, o Governo Regional não defende o Ensino Profissional”, afirma o social democrata.
João Dâmaso Moniz reafirma a posição do partido de que “é urgente dar um novo impulso ao ensino profissional”, porque “os Açores têm de se aproximar dos indicadores médios da União Europeia quanto ao número de alunos em cursos profissionais, que são 60% dos que frequentam o ensino secundário”, disse.
Aquele responsável lembra que “apenas um terço dos alunos açorianos se encontram a frequentar cursos profissionais”, que são “um eficaz instrumento de combate ao desemprego, pois têm a componente profissionalizante, dotando os jovens de competências que permitem vencer os desafios do mercado de trabalho”, assegura.
Para João Dâmaso Moniz, “não se entende que um governo que considera indispensável promover a empregabilidade tenha essa atitude em relação às escolas profissionais, anunciando que vai trabalhar em conjunto com as mesmas, mas retirando-lhes elementos de funcionalidade”, sublinhou.
“Nos últimos oito anos, houve uma redução de 28% no número de cursos profissionais cuja abertura foi autorizada pelo Governo Regional”, sendo que a maioria das escolas profissionais “está a funcionar com apenas metade da sua capacidade”, disse.
Outro dos obstáculos para o ensino profissional “são as fortes limitações ao financiamento impostas pelo governo açoriano” que, na ótica dos social democratas, “e sendo uma opção legítima, é uma opção errada”, afiança João Dâmaso Moniz.
Para o PSD/Açores, “deve ser evitada a atual sobreposição de oferta formativa, alargando a formação profissional a todas as ilhas e concelhos. Que só deve caber ao ensino regular nas ilhas e localidades onde não há escolas profissionais”, defendem.
“Também nos Açores, há jovens que não se sentem atraídos pelo ensino regular. Assim como existem empresas que não conseguem encontrar técnicos especializados disponíveis para contratar, daí a nossa defesa intransigente do ensino profissional”, conclui João Dâmaso Moniz.