O PSD de Angra do Heroísmo defendeu “uma nova atenção” para o concelho, anunciando que o mandato da nova equipa, presidida por João Ormonde, irá desenvolver a sua atividade política visando “as batalhas eleitorais que se avizinham”, disse aquele responsável.
Em conferência de imprensa, João Ormonde garantiu acompanhar “todos os autarcas eleitos pelo PSD, nas juntas ou nas assembleias de freguesia”, e vai criar “núcleos de residência e envolver a militância de base, devolvendo o partido aos militantes”, afirmou.
Sobre o concelho de Angra do Heroísmo, o social-democrata mostrou-se “preocupado com o vazio de ideias, e sobretudo de ações políticas concretas que alavanquem a sua economia e o seu desenvolvimento”.
O PSD local quer “políticas que atraiam investimento e criem emprego real e sustentado. Que fixem os nossos jovens, contrariando a desertificação de quadros recém-formados e combatendo o envelhecimento populacional, onde 13% da população têm mais de 65 anos”, frisou.
João Ormonde considera que “Angra não potencia o seu estatuto de cidade património mundial”, e que os problemas da urbe “são bem mais vastos e complexos que o palco na Praça Velha, que é altamente questionável. Como será questionável um desmesurado investimento num mercado municipal, modelo que poderá ter deixado de ser atrativo para vendedores e clientes”, adiantou.
“Angra tem um centro histórico despovoado e problemas de trânsito automóvel e de estacionamento. Continuando a viver de costas voltadas para o mar”, referiu o líder do PSD concelhio.
Face ao novo fenómeno do turismo, “Angra não investe nem retira proveito da sua baía e das infraestruturas criadas. Os privados ainda vão dinamizando a marina e o espaço da Alfandega, mas o Porto das Pipas espera pelos melhoramentos que permitam a sua eficaz utilização por ferries”, referiu, avançando que “quando as obras forem concluídas – sabe-se lá daqui a quantos anos -, será preciso saber tirar partido delas, pois de pouco servirá uma rampa ro-ro sem as rotas marítimas que ligavam Angra à Graciosa e a São Jorge”, disse.
“É preciso ainda uma sinalética adequada que encaminhe e oriente os turistas. E o Monte Brasil deve ter acessos e instalações modernas e adequadas, por exemplo”, além de que o turismo “tem de ser pensado e planeado de forma concertada entre os diferentes operadores”, não fazendo sentido “ter lugares e monumentos fechados ao fim de semana”, alerta João Ormonde.
O novo responsável pelo PSD angrense defende ainda “uma atenção equilibrada entre as 19 freguesias do concelho, onde se devem melhorar os espaços de lazer, e também as zonas balneares, que são o melhor exemplo da incúria e do abandono”.
A consolidação e o reforço da oferta letiva no Campus de Angra da Universidade dos Açores é também “uma necessidade urgente”, que deve assentar “no investimento efetivo em investigação na agricultura, pecuária e agro indústrias, entre outras valências daquele polo”, concluiu João Ormonde.