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Há uma década que os graciosenses ouvem falar de mercado interno e de transportes marítimos regulares e encorajadores de produções diversificadas, numa ilha que pode produzir tudo.

Há uma década que o regime socialista define as políticas para a concretização do mercado interno, estabelece prioridades de investimento ou decide projetos de mais-valia para os Açores e para os graciosenses, como no caso das energias chamadas de limpas.

Há uma década que se constroem e desconstroem navios, fazem-se e desfazem-se concursos e os graciosenses à espera do mercado interno.

Numa década muitos desistiram, outros conformaram-se, outros faliram, e muitos continuam a lutar, de dentro e de fora, para que as coisas mudem, mas uma década de desilusão faz estragos tremendos que levarão muitos anos a recuperar.

Entretanto, sem escala para mercado, não havendo investimento, não havendo produção nem diversificação, na passada semana a Graciosa importou legumes por via aérea.

Quando chegar o mercado interno, afinal já não vai ser preciso.