Skip to main content

Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Vila Franca do Campo votaram contra o Orçamento da autarquia, considerando que se trata de um documento “de mera gestão corrente, sem a preocupação de dinamizar a economia local, e que não apresenta medidas que valorizem o concelho, no sentido de atrair investimento e de criar uma verdadeira marca “Vila Franca do Campo”, conforme sempre defendemos”, afirmaram.

“É um orçamento sem um programa de incentivo aos empresários locais ou de apoio à agricultura ou pescas. Que não apresenta qualquer esforço da câmara para a captação de investimento externo, ou seja não revitaliza a economia nem aborda o emprego sustentável no concelho”, dizem os social-democratas.

“A proposta de Orçamento não prevê a criação de um Roteiro histórico. Aliás a câmara continua a não tirar partido turístico pelo facto de Vila Franca do Campo ter sido a primeira capital da ilha”, lamentam.

Os vereadores eleitos pelo PSD insistem que “é preciso dinamizar a economia do concelho com programas de incentivo mas, infelizmente, a câmara nem tenta dinamizar o mercado municipal”, adiantam.

Sabrina Furtado, Patrício Dias e Arnaldo Sousa apresentaram doze propostas “concretas e cabimentadas no orçamento”, que foram todas negadas pela gestão socialista.

“Todas as nossas propostas eram cabimentadas nas variações de previsão orçamental entre 2018 e 2019, aproveitando parte do remanescente em 2019, em relação a 2018”, explica a vereadora, adiantando que “a aquisição de bens ou serviços, e as despesas correntes, totalizam 453 mil euros de variações orçamentais, pelo que fizemos propostas que rondavam a aplicação de 200 mil euros, deixando o executivo com mais de metade de folga na execução das rubricas de despesas correntes e aquisição de bens e serviços”, refere.

Sabrina Furtado exemplifica com a rubrica de “Publicidade, que em 2018 teve 15 mil euros previstos, e tem 30 mil, este ano. Daí tiramos 10 mil, ficando 20 mil na previsão, ainda assim superior a 2018. São vários os exemplos como este. Em todas elas tivemos o cuidado de cabimentar o mínimo razoável e de deixar ainda folga de variação em todas as rubricas “, disse.

Os vereadores do PSD propuseram, depois de recolherem contributos em todos as freguesias, obras de conservação e manutenção do Centro Comunitário da Ribeira Seca; a pavimentação das ruas Centenário da Autonomia e João Jacinto Januário Jr.; a construção do Parque de Estacionamento sito ao entroncamento Rua Estrada Nova/Estrada Regional; a alteração e requalificação dos espaços de estacionamento na Rua de São João, alterando a disposição de estacionamento para “espinha” no lado sul da rua, a pavimentação das Ruas do Carneiro, de Fall River, do Pão do Vigário e Engº Artur Canto Resende, que ainda são de calçada; providenciar casas de banho públicas na Zona do Largo Bento de Góis, providenciar estacionamento no Poço Largo e criar condições para venda ambulante, já que os turistas procuram muito aquele sitio por causa da vista para o Ilhéu; o melhoramento e a futura concessão do Parque da Vila e a criação de um abrigo coberto em frente à Escola de Ponta Garça.

Segundo também explicam, “além disto, uma parte da receita a ser utilizada para pavimentações e melhoramentos de estradas, estava também cabimentada na retirada de parte do imposto único de circulação, que totaliza este ano 140 mil euros, e que devia servir exatamente para melhorar as estradas”.

No que diz respeito às obras de maior envergadura, “propusemos que a requalificação do antigo Mercado do Peixe – que será um espaço de restauração -, fosse transformado no Museu do Tagarete e do homem do mar vila-franquense, e que fosse também sede do observatório do Ilhéu de Vila Franca do Campo, que reivindicaremos ao Governo Regional’.

“Propusemos ainda que o investimento no Roteiro da Olaria, sendo interessante, mas não sendo para já uma prioridade, fosse canalizado para dotar o parque recreativo da Mãe de Deus com um polidesportivo e balneários, visando a prática de desporto e os incentivos à juventude”, concluem.