Skip to main content

O deputado do PSD/Açores, António Vasco Viveiros, considerou que a SATA “constitui o exemplo extremo da incapacidade deste governo e da administração, que classificamos de danosa dos interesses dos açorianos”, afirmou.

Intervindo na discussão do Plano e Orçamento da Região para 2019 (PO 2019), o parlamentar frisou que a companhia aérea “apresenta prejuízos acumulados que serão superiores a 180 milhões de euros até ao fim de 2018, e esse resultado tem a responsabilidade direta do agora Presidente do Governo, Vasco Cordeiro”, disse.

Segundo António Vasco Viveiros, “desde que o governo anunciou a intenção de privatizar 49% da SATA Internacional, muito mudou no Grupo SATA, mas para pior” e, num ano, “a SATA Air Açores e a SATA Internacional acumularam prejuízos de dezenas de milhões de euros”, lembrou.

Na análise à ação governamental, António Vasco Viveiros referiu que, “na última legislatura ficaram por executar 457 milhões de euros nos sucessivos planos da Região, sendo 144 milhões de euros em 2017. Nos últimos 5 anos são mais 600 milhões de promessas não cumpridas”, pela que a discussão do PO2019 será apenas “um palco para promessas e um momento da propaganda”, disse.

O deputado social-democrata disse também que, em matéria fiscal, “o governo regional tem sido o grande beneficiário”, já que, “entre a receita arrecadada em 2012 e os valores previstos em receitas fiscais no Orçamento de 2019, o aumento é de 270 milhões de euros, um aumento superior a 63%”.

Assim, “é inaceitável o que se passa com o imposto sobre os combustíveis, situação denunciada por uma petição pública, questionando a própria legalidade de parte das cobranças realizadas”.

“Por outro lado, de forma silenciosa, em sede do Orçamento de Estado, consta uma proposta de aumento de 65 para 75 cêntimos do valor máximo possível a cobrar por litro de combustível”, lembrou.

António Vasco Viveiros criticou ainda o funcionamento do governo e a forma de atuação nos últimos anos: “Temos na verdade não um mas dois governos: um pequeno, liderado pelo Presidente do Governo; e outro grande, com as finanças, a economia, a distribuição dos fundos comunitários pelos setores público e privado, o trabalho, a administração pública e a administração local, liderado pelo Vice-presidente do Governo”, elencou.

“Esta situação não dignifica a democracia nem a autonomia regional e retira autoridade ao presidente do governo”, pelo que “os açorianos já perceberam quem verdadeiramente manda no governo”, concluiu o social-democrata.