A secretária-geral do PSD/Açores afirmou que as “mentiras” do governo regional sobre o processo de privatização da SATA Internacional constituem um “insulto ao povo açoriano”, tendo acusado Vasco Cordeiro de ser “o responsável máximo por esta fraude política”.
“O processo de privatização da SATA Internacional é uma fraude política. O governo regional e o Partido Socialista mentiram aos açorianos. O Governo Regional e o Partido Socialista encenaram uma farsa sobre uma ‘inadvertida’ fuga de informação. O governo regional e o Partido Socialista voltaram a cometer um ato de gestão danosa na SATA. Isto é um insulto ao povo açoriano”, afirmou Sabrina Coutinho Furtado.
A dirigente social-democrata falava à margem de uma reunião da comissão política regional do partido, convocada de urgência após ser tornado público que, afinal, a Loftleidir Icelandic não chegou a apresentar qualquer proposta formal para a compra de 49% do capital social da SATA Internacional.
“O governo mentiu aos açorianos porque não há, nem nunca houve, nenhuma proposta concreta para a compra de 49 por cento do capital da SATA Internacional. O governo andou mais de 100 dias a fingir que havia uma proposta concreta para a compra da SATA Internacional. Nunca houve proposta. Nunca houve negócio.”, disse.
Sabrina Coutinho Furtado salientou que o processo de privatização “deveria ter sido anulado imediatamente no mês de julho, por falta de propostas concretas”, mas que o governo “preferiu fazer uma encenação durante quatro meses”.
“No mês passado, a secretária regional dos Transportes chegou ao ponto de prestar falsas declarações à comissão parlamentar de inquérito – o que pode configurar crime – quando disse que havia uma proposta vinculativa. Mentiu. Isto é um insulto ao povo açoriano”, frisou.
Segundo a secretária-geral do PSD/Açores, o presidente do governo regional, Vasco Cordeiro, “é o responsável máximo pela fraude política que foi o processo de privatização da SATA Internacional”.
“Só há uma conclusão possível a tirar disto tudo: Nos Açores já não há governo. Há apenas um bando de amigos que se encobrem uns aos outros”, afirmou.
A dirigente social-democrata sublinhou que o governo socialista “voltou a prejudicar a SATA”, tendo sido este caso “mais um dos atos de gestão danosa que a governação do PS cometeu na SATA”.
“É importante que os açorianos saibam que a administração da SATA entregou as quatro aeronaves Dash Q400 [que fazem as ligações inter-ilhas] a um banco em troca da obtenção de financiamento. É importante que os açorianos saibam que a SATA paga 12 milhões de euros de renda por ano pelo A330 ‘Cachalote’, que, segundo a administração, agora já não serve”, apontou.
Para Sabrina Coutinho Furtado, “tudo isto, citando o senhor presidente do governo, é que é um ‘caso de polícia’”.
A secretária-geral do PSD/Açores considerou que o governo regional e o Partido Socialista “encenaram uma farsa sobre uma suposta fuga de informação para desviar as atenções do que realmente importa: nunca houve uma proposta concreta para compra da SATA Internacional”.
“A senhora Presidente da Assembleia Legislativa abriu um inquérito à suposta fuga de informação antes desta acontecer. Os documentos só foram tornados públicos às 20 horas de quinta-feira, no Telejornal da RTP/Açores. Mas às 17.44 do mesmo dia a senhora Presidente da Assembleia já estava a anunciar a abertura de um inquérito”, lembrou.
Segundo a dirigente social-democrata, está-se perante “uma farsa da responsabilidade da Presidente da Assembleia, manipulada pelo Partido Socialista”.
Sabrina Coutinho Furtado acrescentou que a comissão política regional dos social-democratas “manifesta a sua absoluta confiança no presidente da comissão de inquérito e nos deputados do PSD que a integram”.