Alexandre Gaudêncio afirma que PSD tem “propostas e soluções” para os açorianos

O presidente do PSD/Açores afirmou que o 23º Congresso do partido comprovou que os social-democratas têm “propostas e soluções” para os açorianos, tendo apresentado um conjunto de ideias para áreas como a Saúde, Educação e Administração Pública.

“Este é um projeto em nome dos açorianos que esperam anos e anos por uma consulta ou por uma intervenção cirúrgica. Este é um projeto em nome dos jovens açorianos que não encontram emprego ou são obrigados a emigrar. Este é um projeto em nome de todos os açorianos que querem uma Região com mais justiça social e igualdade de oportunidades”, disse Alexandre Gaudêncio, na sessão de encerramento do 23º Congresso do PSD/Açores, que decorreu em Vila Franca do Campo.

O líder dos social-democratas salientou que o partido apresenta aos açorianos “um projeto de vontade, de querer, de esperança e de futuro”, tendo garantido “começar já a trabalhar nas áreas de intervenção que consideramos cruciais para a alternativa de governação que os Açores precisam”.

“Não podemos deixar passar em claro as enormes dificuldades que os açorianos têm no acesso aos cuidados de Saúde. O Serviço Regional de Saúde está refém dos erros cometidos por esta governação e resiste, atualmente, graças à boa vontade e brio pessoal dos profissionais do setor”, frisou.

Para Alexandre Gaudêncio, “de pouco serve ter um hospital ou centro de saúde com uma arquitetura moderna, se nas salas de diagnóstico faltam profissionais de saúde e equipamentos”.

“É preciso ter coragem de assumir, antes de tudo, que o Serviço Regional de Saúde precisa de uma reforma estrutural. Este é um passo que o PSD/Açores está preparado para dar”, garantiu.

O presidente do PSD/Açores defendeu a necessidade de apostar na proximidade dos serviços de saúde, contrariando a atual política socialista de “centralização” no setor.

“Aquilo que se assiste hoje é ao desmantelamento de muitos centros de saúde para concentrar nos grandes hospitais praticamente todos os exames de diagnóstico. Não podemos deixar que isso aconteça. Em 2020, quando formos governo, pretendemos voltar a dotar os nossos centros de saúde com equipamentos e meios humanos”, afirmou.

A formação de Unidades de Saúde Familiares foi uma das propostas anunciados pelo líder social-democrata, realçando que se trata um modelo em que “os doentes passam a ser mais acompanhados, ao mesmo tempo que “diminuem as idas às urgências hospitalares”.

“Os doentes são pessoas e não devem ser tratados como meros números estatísticos”, frisou.

O presidente do PSD/Açores deixou também uma palavra para os “milhares de açorianos que esperam e desesperam para serem atendidos”.

Nesse sentido, assegurou que o PSD/Açores pretende “criar, já em 2020, quando for governo, o cheque consulta e o cheque cirurgia para todos os doentes que ultrapassarem o tempo máximo de resposta garantido que está legislado, permitindo aos utentes optar livremente por ter a consulta ou ser operado no sector privado”.

“Como veem, o PSD/Açores tem propostas e medidas em concreto. Só assim faz sentido, de forma construtiva e sempre com o propósito de nos apresentarmos como uma verdadeira alternativa à governação socialista”, salientou.

Na Educação, Alexandre Gaudêncio propôs a colocação de assistentes sociais nos quadros das escolas públicas da Região, “como forma de colmatar problemas sociais muito graves”.

“Outra das preocupações do PSD/Açores [na Educação] é o excesso de burocracia. Diminuir a burocracia é indispensável para facilitar o trabalho dos professores. Os docentes têm de estar absolutamente concentrados na essência da sua profissão, que é ensinar. A carga burocrática deve ser transferida para os serviços administrativos das escolas”, destacou.

Ainda a propósito do trabalho dos professores na escola pública, o líder social-democrata lamentou a forma como “o governo regional e o PS desprezaram as justas revindicações dos professores açorianos”.

“Quem tanto fala em reforçar as competências da Autonomia, recambiou para Lisboa a solução para a contagem do tempo de serviço congelado dos docentes. Não podemos nem devemos ficar reféns de Lisboa, quando temos uma grande arma em nossa posse, o nosso Estatuto Político-Administrativo”, frisou.

Alexandre Gaudêncio acrescentou que, “se o PSD/Açores já fosse governo, adotava a mesma medida que o governo da Madeira adotou, contando todo o tempo de serviço, justamente reivindicado pelos professores”.

“Estamos ao lado dos professores nesta luta, como estaremos sempre ao lado do bem-estar dos açorianos”, garantiu.

No encerramento do 23º Congresso, o presidente do PSD/Açores propôs também que a escolha dos dirigentes da administração pública regional passe a “seguir exclusivamente critérios de competência, evitando a partidarização ou politização do pessoal dirigente”.

“Defendemos a criação de uma entidade independente e imparcial, que proceda ao recrutamento e seleção dos dirigentes superiores da administração pública regional. Só assim poderemos garantir que qualquer pessoa que se candidate a empregos públicos possa partir em pé de igualdade perante todos os outros”

Para os funcionários das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e Misericórdias, Alexandre Gaudêncio defendeu a sua “integração na função pública”, alegando que, “apesar de terem contratos de trabalho com as IPSS, na prática exercem funções públicas”.

“Com esta medida, estaremos a aliviar as finanças das IPSS e Misericórdias e focar o seu trabalho na sua missão de ajudar quem mais precisa”, disse.

O líder social-democrata concluiu o seu discurso referindo que “o caminho proposto passa por ouvir os açorianos de Santa Maria ao Corvo, e da Região às comunidades emigrantes espalhadas pelo mundo”.

“Estaremos no terreno. Em todos os concelhos e freguesias. E, porta a porta, vamos levar uma mensagem de esperança aos açorianos. Ambicionamos um futuro melhor para as nossas gentes. Conto convosco para seguir ‘Rumo à Vitória’”, afirmou Alexandre Gaudêncio.