O auge do que chamamos “silly” na estação quente, centrou-se na genética de ser “de esquerda”, radical ou boazinha, consoante a corrente de amigos e alguns fetiches.
Num certo período o Bloco de Esquerda passou a ser associado a um tipo de “esquerda caviar”, onde abundância se mistura com princípios e se prega a moral dos outros. No fundo seria como ser “beto” de esquerda, revoltado, por vezes radical, com umas “pedras” pelo caminho, mas muitos “tios” e “tias” a quem saudar, sei lá!
Nunca concordei muito, mas é um facto.
Todavia, há também por aí um outro tipo de esquerda, talvez pudéssemos associar a ser “beto”, de esquerda, mas invejoso. Isto é: ter muito, gostar de ter muito, mas pregar e não admitir que outros tenham tanto ou mais do que ele.
Não há “tios” e “tias” que resistam ao arrojo mais radical de entre todos.
Uma classe!
Concedo que isto acaba por ser muito mais do que “silly” num país que se tornou uma geringonça. E até a Madonna diz que em Portugal se vive os três F: fado, futebol e Fátima.
Não é giro?
É o máximo. Sei lá!

