Bruno Belo, deputado do PSD/Açores, questionou o Governo regional, através de um requerimento, sobre a decisão da Direção Regional da Educação (DRE) de não autorizar a abertura de turmas na disciplina de Física para os alunos do 12.º ano que frequentam a Escola Básica e Secundária das Flores.
Segundo o deputado, a decisão da DRE, ao que tudo indica pelo facto de existirem poucos alunos, revela “falta de bom senso e pouca razoabilidade”, uma vez que “os critérios que devem sustentar qualquer decisão na área da Educação deve ter sempre como foco principal o aluno e o seu sucesso educativo”, designadamente o acesso ao Ensino Superior, neste caso.
Bruno Belo frisa que a “falta de bom senso e a pouca razoabilidade” da DRE é ainda acentuada pelo facto de a Escola Básica e Secundária das Flores “possuir nos seus quadros professores do Grupo de Física com horário disponível para lecionar, sem acarretar qualquer custo ou encargo adicionais para a Região”.
“Esta situação leva a que os alunos tenham de sair um ano mais cedo de casa dos seus pais, uma situação que irá necessariamente traduzir-se em mais um custo social e financeiro para as famílias florentinas de uma forma desnecessária e injustificada”, reforça o deputado do PSD/Açores eleito pelas Flores.
O social-democrata lembra que, todos os anos, no início de cada ano letivo nas Flores, “repete-se os mesmos problemas por falta de planeamento da DRE, pela desorganização e sobretudo pela falta de bom senso que deve imperar”.
De acordo com o parlamentar, “torna-se recorrente, por exemplo, a impossibilidade de os alunos escolherem as disciplinas opcionais que mais se adequam ao seu percurso educativo, com vista ao acesso ao Ensino Superior”.
“A população residente nas Flores tem vindo a diminuir todos os anos e, por conseguinte, também os recursos à disposição. Perante esse facto, deve ser uma prioridade de qualquer Governo atenuar as assimetrias existentes entre as nossas ilhas, nomeadamente no que à Educação diz respeito, sendo que as Flores padecem de uma ultraperiferia dentro de outra ultraperiferia”, defende.

