Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Vila Franca do Campo abandonaram esta manhã a reunião do município, acusando o presidente da edilidade, Ricardo Rodrigues, de “agir com prepotência e de forma exaltada, ordenando, repetidas vezes à oposição que se calasse, e impedindo uma segunda declaração nossa, pelo que nos retiramos da reunião”, adiantam.
Em causa estava a anunciada concessão do espaço de restauração junto à Rotunda dos Frades e a recente notificação do Tribunal de Contas, “o que motivou uma declaração inicial do senhor presidente, por causa da participação sobre o assunto que o PSD fez ao Ministério Público. Depois da sua declaração inicial, a oposição pediu a palavra e contrapôs. Seguidamente, o Senhor Presidente fez mais uma declaração, sendo todas estas ditadas para a ata mas, quando a oposição pediu novamente a palavra, esta foi determinantemente negada, terminando com o senhor presidente da Câmara a repetir várias vezes, em tom alterado, ‘cala-te’”. explicam.
“Na sua declaração inicial, o presidente da Câmara disse-nos que ia ‘usar a mesma moeda’, e cito as suas palavras, ameaçando-nos com um processo por calúnia”, refere Sabrina Coutinho Furtado, explicando que os vereadores do PSD “têm a consciência tranquila e agiram dentro das suas funções, nunca em caso algum adjetivando ou tecendo considerações no nosso comunicado oficial ou na participação que fizeram, relatando factos”, esclarece.
“Não é a primeira vez que o presidente da câmara destrata a oposição, que foi democraticamente eleita para defender os interesses de Vila Franca do Campo”, lembra a vereadora, para quem “estas atitudes reiteradas desvalorizam a ação do município, impedem o debate são em prol do concelho e, pior que isso, tornaram-se um hábito sempre que o assunto não agrada ao senhor presidente, que devia rever a sua relação com os princípios da Democracia’, considera.
Para os vereadores do PSD, “e face ao estado de emoção do senhor Presidente da Câmara, impedindo-nos terminantemente de falar, não havia condições para continuar a reunião de hoje, porque a convivência democrática foi atingida quando mandou calar repetidamente a oposição”, referem.
Refira-se ainda que o Ministério Público ainda não se pronunciou sobre a participação apresentada pelo PSD de Vila Franca do Campo.

