O grupo parlamentar do PSD/Açores considera que os açorianos e os turistas têm o direito de saber a origem da carne que é comercializada Região e, assim, apela ao Governo regional para que “reúna de imediato” com os produtores e empresários de carne com vista a um “diagnóstico sério e rigoroso” do mercado.
Em causa está a escassez de carne de vaca nos Açores, conforme denunciado por talhantes à Antena 1/Açores — a que se seguiu a confirmação do secretário regional da Agricultura, João Ponte — situação que levou os empresários açorianos a aumentarem o preço de venda da carne e até a importar carne.
“Não há razão para que falte, nos Açores, carne a preços justos, quer para consumidores, quer para produtores, desde que a fileira seja monitorizada e acompanhada pelo Governo regional através dos instrumentos de diálogo e de decisão existentes”, defende António Almeida.
O deputado e porta-voz do PSD/Açores para a Agricultura argumenta que “ter uma estratégia para o setor significa usar o diálogo entre as partes interessadas e salvaguardar o interesse de todas estas partes”, nomeadamente nos fóruns criados para o efeito como o IAMA (Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas) ou o CERCA (Centro Estratégico Regional para a Carne dos Açores).
“Apelamos ao Governo para que promova, de imediato, uma reunião do CERCA, onde estão representados, além do Governo, a Federação Agrícola dos Açores e a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, bem como outras associações e cooperativas do setor da carne, para que se avalie a situação do mercado e se procure o equilíbrio com preços justos para todos os intervenientes”, reforça.
António Almeida salienta ainda que “a valorização da fileira da carne de bovino dos Açores e a sua exportação são uma mais valia para a Economia dos Açores”, e explica que a situação denunciada pelos talhantes demonstra que “o executivo não está a zelar pelo equilíbrio de mercado nem a promover o diálogo no setor”.
O deputado e porta-voz do PSD/Açores para a Agricultura lamenta também que “os talhantes ao recusarem dar voz como medo de represálias, como foi dito pela reportagem da Antena 1/Açores, evidencia o clima de falta de diálogo e de concertação setorial entre o Governo e o setor”.
“A estratégia para a valorização da fileira da carne obriga o IAMA e o CERCA a cumprirem com os seus objetivos”, conclui António Almeida.

